A normalidade, enfim. Para destoar um pouco, o fim-de-semana de campeonato esteve desprovido de grandes surpresas. Por uma vez - ou algo perto disso - Porto, Benfica e Sporting cumpriram a respectiva obrigação e acabaram a 11ª jornada com mais três pontos amealhados. O Vitória de Guimarães merece também uma referência nesta abertura, pois venceu o derby do Minho e mantém-se intrometido na luta pela vice-liderança lado a lado com os homens de Jesus.



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Comecemos pelo topo, então. Em plena ressaca da goleada idílica aplicada no Clássico, o F.C. Porto limitou-se a atingir os requisitos mínimos na recepção ao Portimonense. Dois golos marcados, a confirmação da fiabilidade de uma alternativa chamada Walter e um pouquinho de Hulk mesmo, mesmo no epílogo da história. Foi um dragão menos esfusiante, embora seguro e formoso.

Nuno Gomes: os golos e o pai

Dez pontos atrás continuam Benfica e Vitória. Os encarnados engoliram em seco com os dois remates da Naval aos ferros de Roberto, mas lá se seguraram e embalaram para uma goleada que teve o seu clímax na hora do regresso de Nuno Gomes aos golos. Quatro minutos foram suficientes para o experiente ponta-de-lança mostrar a Jorge Jesus que ainda oferece tantas ou mais garantias do que as restantes opções de ataque. A exibição do Benfica não entusiasmou, os números ajudam a camuflar a rigidez de processos.

A Frase: um instante interessante de Villas-Boas

No já referido derby do Minho, duas confirmações: a fase feliz do Vitória e o pior arranque do Sp. Braga na era-António Salvador. Entre polémicas arbitrais, agressões com telemóveis à mistura e declarações polémicas, lá se jogou o segundo derby mais importante do futebol nacional.

O Vitória mantém uma caminhada forte, convincente, ao passo que o Sp. Braga confirma estar com dificuldades tremendas para adjudicar convenientemente duas empreitadas de monta, o campeonato e a Liga dos Campeões.

A Figura: João Tomás, 35 anos e muitos golos

Para fechar o top four resta falar do Sporting. Os sintomas de bipolaridade continuam a atormentar o leão, embora desta vez o final tenha sido feliz. Em Coimbra, contra uma Académica ciosa dos seus intentos, Paulo Sérgio teve motivos para se orgulhar dos primeiros 45 minutos e várias razões para questionar a aflição da etapa complementar. Abana e muito este conjunto leonino.

Entre o 5º (Nacional) e o 11º (V. Setúbal) lugares há apenas quatro pontos de diferença. O equilíbrio é nota dominante na zona cinzenta da Liga. Daí para baixo, apenas o Rio Ave somou três pontos. Parece evidente a recuperação dos vilacondenses, após um início muito mau. Marítimo, Portimonense e Naval são agora os três últimos.

A vitória do Leiria - a primeira desde a chegada de Sá Pinto - na recepção ao Setúbal encerra esta análise. Os do Lis continuam sossegados na ditadura das contas e ultrapassaram os sadinos.