Jesualdo Ferreira, treinador do Sporting

O Clássico entre Sporting e FC Porto foi lançado com novas bases. Desde logo, uma diferença pontual que há uns anos ninguém se atreveria a prever. Os dragões vinham na frente da Liga, o Sporting faz pela vida ainda na parte de baixo da tabela. Alvalade preparava-se para assobiar duas figuras incontornáveis do universo leonino dos últimos anos, Liedson e Izmailov.

Jesualdo Ferreira, treinador dos verdes e brancos, tinha de equilibrar forças com um rival que em tudo, desde organização ao talento, está melhor. Indesmentível este último dado, como também a vitória da estratégia do professor que não hesitou em colocar Eric Dier no meio-campo.

O miúdo inglês foi a arma de recurso de um Sporting que cresce com borbulhas no rosto, de tão jovem que é. Dier já foi lateral na equipa B, central na principal e agora médio, para travar o assomo previsível dos dragões.

Jesualdo Ferreira encontrou solução, o FC Porto saiu de Alvalade a zeros e, se a história nos diz que esse é um resultado sempre curto para o Sporting, também é verdade que os pratos da balança, no presente, estão assimétricos, a favor dos dragões.

Assim, vitória para Jesualdo Ferreira, que acabou expulso. Coisa rara na carreira do treinador de Mirandela, mas que prova outra coisa: o Clássico ainda o é.