Na primeira ronda em que o título já estava atribuído, o F.C. Porto parece continuar a ser a equipa mais motivada da Liga, como comprova a difícil vitória em Portimão diante de um aflito que ainda empatou duas vezes antes de se render ao novo campeão (3-2). André Villas Boas, para manter a chama acesa, não se cansa de enumerar os objectivos que ainda faltam alcançar, como a invencibilidade, maior diferença de pontos para o segundo e recorde de pontos num campeonato com dezasseis equipas.

Uma ronda que ficou ainda marcada pela derrota de um Benfica remendado na Figueira da Foz (1-2), pelo triunfo do Sp. Braga no derby do Minho e pela goleada do Rio Ave em Paços de Ferreira (6-1). Tudo somado, uma chuva de 29 golos.

A frase da jornada

A figura da jornada

O momento da jornada

Uma ronda que começou na sexta-feira, na Madeira, com um derby nos Barreiros que acabou com um empate que permite ao Nacional manter a vantagem sobre o vizinho Marítimo, mas que não lhe permite reforçar a posição na luta pela Europa. No dia seguinte, o novo Sporting de Godinho Lopes estreou-se em Alvalade com uma vitória sobre a Académica com um «bis» de Yannick Djaló que permitiu aos leões recuperar, provisoriamente, o terceiro lugar. O primeiro golo ainda foi na sequência de um canto, mas o segundo foi, finalmente, de bola corrida, 492 minutos depois do último.

Já no domingo foi a vez do novo campeão entrar em campo, em Portimão, ainda em clima de festa, apesar de todas as dificuldades colocadas pela equipa de Carlos Azenha que, no último lugar, deu tudo para pontuar. A verdade é que o F.C. Porto, além de seguir invencível, somou mais um triunfo, mantendo intactos os objectivos delineados pelo seu treinador. Mesmo assim, Mourad conseguiu colocar o seu nome na história desta liga ao assinar o golo 500.

Logo a seguir, o campeão cessante defrontou outro dos aflitos, a Naval de Mozer, mas sem a mesma sorte. Jorge Jesus mudou onze jogadores a pensar na visita a Eindhoven e acabou por pagar as poupanças com a sétima derrota na Liga, mais uma do que o Sporting. Um desaire que pouco ou nada muda, uma vez que os encarnados já têm o segundo lugar mais do que assegurado. Foi mais importante para as contas da Naval que, assim, pode continuar a sonhar com a manutenção.

A tarde de domingo só não foi mais feliz para Mozer porque, no Bonfim, o V. Setúbal também bateu uma U. Leiria em queda livre com o resultado mais expressivo da temporada (4-1). Um triunfo que permite aos sadinos respirarem melhor na classificação, mantendo mais quatro pontos do que a Naval e ficando apenas a um da Académica (perdeu em Alvalade) e do Olhanense (caiu em Aveiro).

Mas domingo tinha reservado a grande surpresa para P. Ferreira que testemunhou uma passagem de testemunho entre equipas sensação. O Rio Ave de Carlos Brito venceu por 6-1, estabelecendo a maior goleada na presente liga e igualando a melhor marca do clube no primeiro escalão (6-1 ao Marítimo em 1982/83). O Paços, por seu lado, apesar da surpreendente temporada, fica com duas «nódoas» difíceis de apagar no seu percurso, com o registo dos maiores desaires caseiros da liga, juntando a goleada do Rio Ave à do Benfica (5-1), há duas jornadas.

A fechar o escaldante derby do Minho, entre Sp. Braga e V. Guimarães confirmou a subida de forma da formação de Domingos Paciência. Curiosamente em contraponto com a queda do adversário, que nos últimos seis jogos somou quatro derrotas e dois empates. Com isso o V. Guimarães já está fora dos lugares europeus. O jogo de encerramento da jornada rendeu de resto mais quatro golos: faltou-lhe mais um para igualar a jornada mais produtiva deste campeonato. Assim continua a ser a jornada 10: 30 golos.