Tremendo. Delicioso. Emocionante. Imprevísivel. Vertiginoso. Fabuloso. Dramático. Delirante. Inesquecível.

Dezasseis anos depois da histórica final de Istambul, Liverpool e Milan protagonizaram entre eles 90 minutos de futebol ao mais alto nível.

O jogo do Grupo B da Champions teve tudo aquilo que nos faz sermos apaixonados por futebol.

Uma entrada tremenda da equipa inglesa. Com Diogo Jota no onze, o conjunto orientado por Jürgen Klopp, inaugurou o marcador aos 9 minutos (autogolo de Tomori, que desviou um reamte de Arnold) quando já tinha feito muito para se colocar em vantagem no marcador.

Futebol delicioso. A vertigem dos Reds foi tanta que aos 17 minutos já contabilizavam 13 remates à baliza milanesa, metade deles com perigo. Por essa altura, os ingleses até já tinham desperdiçado uma grande penalidade: Maignan travou o remate de Salah.

Foi também emocionante por causa da reação de um Milan que parecia condenado à extrema-unção futebolística em Anfield. Aos 29 minutos, os rossoneri aproximaram-se pela primeira vez com algum perigo da baliza de Alisson.

Mas ninguém estava preparado para a imprevisibilidade que se verificaria minutos depois. Com Rafael Leão entre as opções iniciais, a equipa de Stefano Pioli renasceu das cinzas e foi protagonista de algo que torna o futebol fabuloso. Contra a corrente de jogo – mesmo com o rolo compressor do Liverpool em stand-by – marcou dois golos em três minutos. Primeiro Rebic a passe de Rafael Leão e depois Brahim Díaz em mais uma jogada que contou com a excelente colaboração do português.

Anfield respirou fundo após uma primeira parte vertiginosa. Cansativa para os artistas e até para os adeptos, uns em choque e outros em lágrimas, como um do Milan que a realização mostrou após a reviravolta italiana. Logo no arranque da segunda parte, Kjaer teve um golo anulado e na resposta Salah, após soberba combinação com Origi, empatou.

Mesmo sem a acutilância dos 20 minutos iniciais (seria possível com quase uma hora nas pernas?), o Liverpool voltou a pegar no jogo e aos 68 minutos Jordan Henderson marcou um golo fabuloso, num remate de primeira de fora da área.

Os Reds voltavam a chegar-se – e com justiça, diga-se – à frente e não voltaram a ser surpreendidos. O dramatismo e o delírio tinhaM ficado, definitivamente para trás.

Mas este jogo ficará permanentemente na memória de quem o viu.

Inesquecível!