A Juventus arrancou um empate (1-1) frente ao Ajax, em Amesterdão e parte em vantagem para a segunda mão, em Turim.

Sim, a Vecchia Signora arrancou um empate e pode dar-se por contente. E por ter Ronaldo, também. O português marcou o único golo da Juve na capital holandesa e camuflou a supremacia exibida pelo conjunto de Erik ten Hag durante quase todo o encontro.

A ligeira vantagem da hexacampeã italiana para a segunda mão é injusta, aliás. Mas já lá vamos.

FICHA DE JOGO

Os holandeses continuam a encantar a Europa. Agarram-se ao estilo romântico - porventura o mais saboroso para chegar ao sucesso -  e não há como não gostar deles. «Tabelinhas» em plena área transalpina, passes de primeira, pormenores de qualidade suprema, enfim.

O líder do campeonato da Holanda, a par do PSV, joga que se farta. Depois de eliminar o tricampeão europeu Real Madrid, o Ajax assustou a Juventus. Ao fim de vinte e cinco minutos, já se contavam quatro oportunidades de golo para os visitantes.

Ziyech fez parte da Johan Cruijff ArenA gritar golo, No entanto, o disparo do marroquino foi à malha lateral (6') e, pouco tempo depois, acertou em cheio em Szczesny (12'). O polaco foi obrigado a voar após novo remate de Ziyech (18'). A melhor ocasião de golo da primeira parte foi mesmo um remate de van de Beek que ainda beijou subtilmente o poste (26').

A pressão do Ajax asfixiou a Juventus durante meia hora. Os transalpinos mal conseguiram ultrapassar o meio-campo com a bola controlada tamanha a correria contrária aquando da perda de bola. Ronaldo, por exemplo, tocou três ou quatro vezes na bola nos trinta minutos iniciais.

O melhor que o conjunto de Allegri conseguiu foi um remate de Bernardeschi que saiu a rasar o travessão (3'). Obviamente que a pressão do Ajax perdeu intensidade com o decorrer dos minutos e convidou a Juve a apresentar a sua melhor versão. Ronaldo ameaçou o golo (30'), assistiu Bernardeschi para um remate que não saiu longe da baliza de Onana (37') e depois marcou.

O internacional português começou e concluiu a jogada. Recebeu de Bentancur, abriu em Cancelo e correspondeu ao cruzamento do compatriota com um cabeceamento exemplar (45'). 0-1 à boa moda italiana. 

A (injusta) desvantagem no marcador não durou muito. Aos 29 segundos da segunda parte, Neres roubou a bola a Cancelo e só parou quando colocou a bola no fundo da baliza de Szczesny.

Depois de um par de ameaças - Tagliafico (49') e Veltman (65') - o jogo do Ajax perdeu qualidade, pese embora tenha conservado o domínio do jogo. Allegri mexeu e lançou Douglas Costa, Dybala e, já em cima do apito final, Khedira. A cartada do técnico da Juventus poderia ter sido de mestre se o remate cruzado de Douglas não tivesse esbarrado no poste da baliza de Onana (85').

O Ajax não merecia. 

O 1-1 favorece a Juve, mas os holandeses já provaram mais que uma vez que têm condições para sonhar.