Uma bomba de Messi não impediu a derrocada do Barcelona na Liga dos Campeões.

Os catalães empataram no Parque dos Príncipes a uma bola, mas o mal já estava feito desde a goleada caseira em Camp Nou (1-4) na primeira mão.

Há 14 anos que o Barça não caía tão cedo, nos oitavos-de-final. Assim, um dia depois de Cristiano Ronaldo cair aos pés do FC Porto, também Messi é eliminado da Champions.

Se a primeira mão foi trágica para os blaugrana, a segunda não começou muito melhor: um pisão involuntário de Lenglet no calcanhar de Icardi valeu à meia-hora de jogo o penálti com que Mbappé inaugurou o marcador. Mesmo sem Neymar, ausente do reencontro, tal como no jogo de ida, o PSG não vacilava.

A reação do Barça foi, porém, imediata e… espantosa. Messi marcou um golo de antologia. Um míssil à baliza de Navas a derrubar o muro parisiense.

Os sinais de esperança para os catalães aumentariam em cima do intervalo, quando Kurzawa derrubou Griezmann na área. O penálti de Messi esbarraria, porém, em Navas e na trave.

A segunda parte traria uma montanha para a equipa de Koeman escalar: eram necessários três golos em 45 minutos, mas o Barça não marcou um sequer. Tentou, tentou, mas não chegava sequer a vislumbrar um caminho para completar a tarefa hercúlea que tinha pela frente.

Trincão entrou para atacar, de um lado, e Danilo para segurar a vantagem, do outro. Ambos haveriam de cruzar os seus caminhos, aos 74m, num remate fortíssimo do ex-Sp. Braga intercetado pelo ex-FC Porto.

O tempo foi passando e o Barça acabou por não fazer sequer tremer o PSG. Navas, com uma excelente exibição (melhor em campo), não deu margem para qualquer remontada épica.

Estava escrito desde a primeira mão que só um milagre no Parque dos Príncipes poderia levar o clube da «Cidade Condal» a prosseguir na liga milionária. Um daqueles que o rei Messi poderia fazer numa noite de inspiração.

Esta noite, na «Cidade-Luz», o toque divino de Messi teve apenas um lampejo, que saiu da eliminatória ofuscado pelo prodigioso Mbappé.