Um Bayern em crise de confiança apesar do regresso às vitórias no último fim de semana – algo que não acontecia há quatro jogos consecutivos – demorou a conseguir criar perigo frente a um AEK organizado, mas pouco afoito nas tentativas de incomodar Neuer.

E só mesmo através de rasgos individuais os alemães se aproximaram da baliza grega e nem se pode dizer que o campeão germânico teve verdadeiras oportunidades de golo nos primeiros 45 minutos.

O domínio bávaro foi claro, o AEK, com André Simões a jogar toda a partida, também não pareceu muito interessado em contrariá-lo, mas foi um jogo muito pobre aquele a que se assistiu.

Nuvens negras alemãs para afastar?

Ao intervalo, as notícias não eram positivas para o Bayern. Pela quarta vez esta época, a equipa de Kovac chegava sem golos marcados ao intervalo, sendo que não vencera em nenhuma das anteriores ocasiões.

E os primeiros minutos do segundo tempo não deixaram melhores sinais para os bávaros. No Estádio Olímpico de Atenas, os adeptos do AEK recorreram a pirotecnia para animar o ambiente e o fumo que se espalhou pelo relvado pareceu nublar as ideias de ambas as equipas.

Foi, por isso, de forma algo inesperada que se assistiu ao primeiro golo do jogo. Na insistência de um canto, Hummels surgiu no flanco esquerdo do ataque bávaro (!), cruzou para ao coração da área onde Robben rematou contra um adversário, fazendo a bola ressaltar para o remate semi-acrobático de Javi Martinez que só terminou no fundo da baliza de Barkas.

Uma hora de jogo, e finalmente emoção na partida.

Demasiada emoção até, parecem ter sentido os jogadores gregos. Acusando algum desnorte com a desvantagem, a defesa grega facilitou e, dois minutos após o golo sofrido, permitiu que Raphinha surgisse solto na esquerda para, já dentro da área, assistir Lewandowski para um dos golos mais fáceis da carreira do avançado polaco.

A partir daí, o Bayern estabilizou emocionalmente e controlou o que restou da partida com posse de bola. Kovac foi refrescando a equipa – deixando Renato Sanches no banco durante toda a partida – e somou os três pontos que pressionam agora Benfica e Ajax, que se defrontam em Amsterdão.

Sem brilhar, o campeão alemão venceu e lidera o grupo com sete pontos.