Mitroglou foi o jogador que decidiu o Benfica-Dortmund, no Estádio da Luz, e nesta 2ª mão vai regressar à Alemanha, país onde cresceu.

O grego, em entrevista à UEFA, revelou que está «ansioso» por esse desafio, já que vai reencontrar a família: «Vai ser óptimo ter a minha família e amigos a assistirem ao jogo no estádio – o meu pai, a minha mãe e talvez a minha avó, se tiver vontade de ir. Mas vou tentar não estar com eles antes do jogo, pois tenho de estar calmo. Estamos todos ansiosos por este desafio, tanto mais que vamos contar com o apoio de muito adeptos do Benfica. Vai ser incrível.»

Mitroglou fez formação no Duisburgo e no Borussia Monchengladbach, antes de rumar ao Olympiakos em 2007.

«Foi difícil deixar a Alemanha, mas era muito importante para a minha carreira. Tive de deixar a família, os amigos e o lugar onde cresci para ir para um local que, embora não sendo um país estrangeiro, não falava sequer a língua. Acho que foi a decisão certa. Os sete anos que passei no Olympiakos foram muito importantes. Foi o primeiro clube onde joguei como profissional. Adaptei-me bem e não foi preciso muito tempo para começar a marcar golos, que é a minha função como avançado. Foi ali que tudo começou para mim.»

Nesse mesmo ano estreou-se na Champions, mas só marcou dois anos depois, num jogo com o Standard Liège. Mitroglou recordou esse momento: «Disputei muitos desafios na Champions desde esse jogo, mas a minha estreia foi muito importante, pois, como pensa qualquer apaixonado pelo futebol, este é o ponto mais alto que se pode atingir. Largamos tudo para ver um jogo da Champions na televisão, pelo que jogar é ainda mais especial. Recordo-me desse golo, mas quando estamos a meio de um jogo não paramos para pensar: «Oh, acabo de marcar um golo na Champions». Só depois é que damos importância. É muito difícil marcar nesta competição, pois temos de defrontar os melhores do mundo. Tudo se passa de forma muito mais rápida e por vezes só temos meia oportunidade para marcar num jogo.»

O internacional helénico recordou também a partida da primeira mão com o Dortmund e revelou o que sentiu quando marcou: «Principalmente alívio, porque o Dortmund estava a jogar muito bem. Foi um bom cruzamento num pontapé de canto que o nosso capitão desviou bem de cabeça, eu só tive de empurrar para a baliza e fazer o golo – foi muito importante para nós.»

Sobre o jogo elogiou o rival: «Eles jogaram com muita velocidade e têm uma excelente equipa, mas seria sempre muito difícil conseguirem ganhar no nosso estádio. Fizemos um bom trabalho. Não sofremos golos e conseguimos marcar, como pretendíamos, embora tivéssemos passado por alguns momentos difíceis. Claro que gostaríamos de ter marcado um segundo golo, mas 1-0 não está mal.»