Rui Vitória diz que o facto de o Benfica jogar em casa não altera muito os dados: a formação encarnada tem de reconhecer o valor do Bayern Munique e ser inteligente.

«Não há outra forma de o fazer: temos de reconhecer a valia do adversário. Vamos tentar perceber o que está em jogo do lado do Bayern e depois colocar as nossas qualidades no jogo», referiu o treinador encarnado.

«Temos a noção de que o Bayern Munique tem uma versatilidade enorme, tem uma quantidade de recursos muito grande que lhe permite, se não dá para ir por um lado, ir pelo outro. Por isso vamos esperar o que o Bayern pode fazer e depois colocar as nossas armas em campo.»

Rui Vitória repetiu de resto esta ideia: responder com as armas que tem. Para ele não vale a pena vender a banha da cobra: o Bayern é favorito, mas o Benfica pode contrariar isso.

«O Bayern Munique assenta o seu jogo num cariz muito ofensivo: ter a bola, controlar o jogo, dominar o adversário. Por isso vejo a equipa que tem vindo a fazer isto e que amanhã vai fazer a mesma coisa, vai querer a mesma coisa. A nós resta-nos contrariar esse poderio e colocar as nossas armas em campo», sublinhou.

«Temos de ser uma equipa a jogar nos limites da concentração. Vamos encontrar uma das melhores equipas do mundo, uma candidata a ganhar esta competição, que joga em casa ou fora da mesma maneira. Temos de ter a organização defensiva nos nossos limites e depois ser atrevidos do ponto de vista ofensivo.»

No entanto, e apesar de todos os cuidados no discurso, Rui Vitória disse outra coisa muito importante: este não é um jogo como os outros. É um jogo que vale muito. O treinador frisou por isso que «o Benfica está nas oito melhores equipas da Europa e quer estar nas quatro melhores».

«Sempre disse que esta seria uma eliminatória muito difícil frente a um grande rival e continua a sê-lo, apesar de termos conseguido trazer a decisão para nossa casa. Temos de estar no red line da concentração, da organização e da determinação.»