O FC Porto emitiu nesta terça-feira um comunicado sobre a participação na próxima edição da Liga dos Campeões. Na sequência de dúvidas levantadas sobre a situação financeira dos dragões, que poderia originar uma exclusão da prova, a SAD esclarece que «a presença da sua equipa profissional de futebol na edição 2020/21 da Liga dos Campeões depende exclusivamente dos resultados desportivos da época em curso.»

Os dragões estão sob a alçada financeira da UEFA desde 2016 e têm cumprido o acordo de fair-play estabelecido com o organismo. A monitorização termina na temporada 2020/21.

«Para o próximo ano, temos uma almofada vinda deste exercício de 22,2 milhões de euros. Por isso, estamos relativamente tranquilos quanto ao próximo exercício, que começou no dia 1 de julho, relativamente ao fair play financeiro. No primeiro ano podíamos ter um saldo negativo de 30 milhões, tivemos apenas 25 milhões, ou seja, uma folga de cinco milhões. No segundo ano podíamos ter tido 20 milhões negativos, tivemos apenas 17. No terceiro ano, ou seja, neste exercício, podíamos ter 10 milhões negativos e tivemos um saldo positivo de 22 milhões. Para o próximo ano, temos de atingir o “break-even”, mas olhando para a média dos últimos anos, estamos relativamente calmos quanto ao cumprimento do fair play financeiro», afirmou Fernando Gomes, administrador da SAD portista para a área financeira, em outubro de 2019.

Entretanto, a 29 de fevereiro de 2020, a SAD do FC Porto apresentou um Resultado Líquido Consolidado negativo de cerca de 52 milhões de euros. Os dragões já admitiram que terão de gerar mais-valias significativas com a venda de jogadores antes do final do atual exercício, a 30 de junho, para compensar este resultado.