O penálti de Lionel Messi para o 1-0, uma bola à trave de Pedri e um falhanço de baliza aberta de Griezmann, até aos sete minutos, adivinhavam uma noite avassaladora do Barcelona ante um desfalcado Dínamo Kiev.

Não foi bem assim.

Ter Stegen regressou após uma lesão num joelho, jogou 82 dias depois do pesadelo dos 8-2 de Lisboa ante o Bayern e foi a figura da partida, na vitória por 2-1 dos catalães ante os ucranianos. Aliás, os dois guarda-redes brilharam. Foram os grandes protagonistas de um jogo bem disputado e equilibrado.

Eram 13 os nomes ausentes nos ucranianos, seis deles devido à covid-19 e outros por lesão. Demasiado.

Agora, fixe este nome para futuro, leitor: Ruslan Neshcheret, guardião de 18 anos do Dínamo. Segundo jogo oficial da carreira na equipa principal, após a estreia no fim-de-semana no campeonato. Melhor do que numa competição europeia, em Camp Nou? Difícil. O internacional sub-21 ucraniano, terceiro guardião da equipa, fez valer a oportunidade.

Na segunda parte, voou talvez para a defesa da noite na Liga dos Campeões, com um voo impressionante a livre de Lionel Messi. Nessa altura havia ainda 1-0 e o Barcelona sofria. Jogava mal e era apanhado em contrapé pela vontade da equipa de Mircea Lucescu que, com menos recursos, deu uma lição de futebol e de crença ao Barcelona de Ronald Koeman em vários momentos.

Kedziora até marcou para o empate ao minuto 47, mas foi traído pela trajetória da bola no cruzamento vindo da esquerda: a bola ultrapassou na totalidade a linha final.

Os espanhóis bem podem agradecer, reforce-se, a Ter Stegen. Nota para as enormes defesas a Buyalskyi (35m), Supryaha (53m) e Tsygankov (68m).

Não fosse a eficácia do alemão e, pelas claras ocasiões, não seria escandaloso o Dínamo ter pontuado e até ganho. Fez por isso.

Piqué ainda pareceu dar alguma tranquilidade com o 2-0 ao minuto 65, a cruzamento de Ansu Fati, mas logo após a entrada de Trincão para o último quarto de hora, Tsygankov fez mesmo o golo… só na recarga a uma defesa de Ter Stegen ao recém-entrado Verbic (75m).

Do outro lado, Neshcheret brilhou pela última vez ao minuto 81, negando o 3-1 a Fati. E o resto foi sofrimento do Barcelona e esperança do Dínamo, mas os três pontos ficaram na Catalunha.

Nove pontos, liderança do grupo G para o Barcelona e apuramento bem encaminhado. A Juventus, que goleou o Ferencvaros, segue com seis pontos no segundo lugar. Ucranianos e húngaros têm um ponto cada.