E à quarta... outra vez o empate. Ao quarto jogo da época entre Barça e Atlético de Madrid, a igualdade teimou em persistir.

O duelo entre os dois primeiros classificados da Liga espanhola terminou num 1-1 que deixa mesmo tudo em aberto para a decisão no Vicente Calderón.

O Barça mostrou ter sido apanhado de surpresa por um Atlético coletivamente muito forte e com uma exibição simplesmente assombrosa de Courtois.

O guarda-redes belga defendeu tudo o que podia defender. Só não travou mesmo um momento genial de Iniesta/Neymar, essa dupla irresitível. Outra vez em grande forma, o médio espanhol assistiu o brasileiro com primor. A «Joia» assinou golo de autor: 1-1.

Antes disso, o Atlético chegou à vantagem, com todo o mérito, graças a um golo soberbo de Diego (quem não viu, que veja, é obrigatório). 


A FICHA DO BARCELONA-AT. MADRID  


Foi uma primeira parte muito equilibrada. Os minutos iniciais foram suficientes para se perceber que o Barcelona iria ter tudo menos uma noite descansada.

O Atlético de Madrid surgiu forte, pressionante, os primeiros dez minutos foram «colchoneros». O Barça demorou a reagir, atemorizou-se, os lances não saíam. A lesão de Piqué (rendido por Bartra, aos 13) foi outro sinal de alarme para os barcelonistas.

Com o passar do tempo, a qualidade dos melhores executantes a formação da casa começou, finalmente, a ver-se. Messi, em lance de encher o olho, inventou espaço e assistiu para Iniesta, com muito perigo.

A agulha começava a virar para a equipa da casa, na baliza do «Atleti» estava um Courtois em noite inspirada. Seguríssimo. 

BARÇA-AT, MADRID AO VIVO  

Do lado madridista, também dura infelicidade: Diego Costa «rasgou», ainda tentou continuar, mas teve que sair. Entrou outro Diego, mas este só mesmo brasileiro, e ex-portista.

Simeone jogou pelo seguro, recuou linhas, respeitou o crescimento da construção ofensiva catalã.

O Atlético foi competente a defender, reduziu espaços, foi solidário na hora de se proteger e ousado no momento de arriscar. Villa teve por duas vezes o golo nos pés. Na segunda ocasião, já próximo do intervalo, obrigou Pinto a fazer a defesa da noite. 

O segundo tempo voltou a mostrar um Atlético personalizado, a querer vencer o jogo e não apenas «não perder a primeira mão».

Diego, entrado de emergência para render o homónimo hispano-brasileiro, assinou momento de antologia e, com golaço, fez o 0-1.

O Barcelona demorou a reagir, mas chegou ao empate, com o tal lance Iniesta/Neymar, acima destacado. O Barça entusiasmou-se com o golo, esteve perto do 2-1 em várias ocasiões (remates de Messi, tentativas de Neymar...), mas Courtois a tudo respondeu com defesas de sonho. Uma exibição que, certamente, o belga não esquecerá.

Tudo em aberto para a segunda mão, no Calderón. Resultado teoricamente melhor para o «Atleti», mas com o Barcelona nunca se sabe. Uma coisa é certa: na primeira mão, nem um Iniesta inspiradíssimo foi suficiente para derrotar os «colchoneros»...