O Benfica venceu esta quarta-feira (2-1), em São Petersburgo, com o Zenit de Villas-Boas, garantindo o apuramento para os quartos de final da Liga dos Campeões e  mais 6 milhões de euros de encaixe financeiro.

Ora quer isto dizer que a qualificação, para além de todo o prestígio, garantiu também um encaixe financeiro sem precedentes para um clube português: o Benfica passou a barreira dos 30 milhões de euros.

As contas são fáceis de fazer.

O Benfica já tinha garantido 22,5 milhões de euros de prémios, aos quais acrescentou (de acordo com o último relatório e contas) 2,1 milhões de market pool, um milhão de acertos da época anterior, 324 mil de redistribuição do financial fair-play e 1,033 milhões de euros de bilheteira dos jogos da Champions (isto ainda sem contar com a receção ao Zenit).

Ao todo, portanto, o Benfica já tinha averbado mais de 27 milhões de euros: 27,059 milhões, sem contar com a receção ao Zenit, a contar para os oitavos de final. Com os 6 milhões de prémio pelo apuramento para os quartos de final da Liga Campeões, o Benfica atingiu 33,059 milhões (aos quais será necessário acrescentar a bilheteira do jogo com o Zenit, que ainda não foi divulgada).

Ora este valor ultrapassa largamente a receita que o FC Porto garantiu em 2004 com a conquista da Liga dos Campeões (numa altura, convém dizê-lo, em que os prémios eram muito inferiores).

Segundo divulgou o clube portista na altura, o título europeu valeu 29,5 milhões de euros.

Este valor, refira-se, junta tudo: prémios de participação e de performance, direitos de transmissões televisivas, ganhos pelas passagens das sucessivas eliminatórias e receitas de bilheteira.

O Benfica já ultrapassou esse valor, no ano de estreia dos mais altos prémios financeiros da Liga dos Campeões de sempre: prémios esses que foram aumentos para esta época, recorde-se. Para além disso, é preciso dizê-lo, a aventura continua, pelo que a receita financeira vai subir: quanto mais não seja com a bilheteira do jogo com o Zenit e com o jogo caseiro dos quartos de final.