O FC Porto perdeu esta noite frente ao Manchester City por 3-1 no primeiro jogo nesta edição da Liga dos Campeões.

Sérgio Conceição promoveu a estreia absoluta de onze jogadores na grande prova europeia: mais de meia equipa logo de início (Marchesín, Malang Sarr, Uribe, Zaidu, Fábio Vieira e Luis Díaz) a que se somou uma mão cheia ao longo da partida (Manafá, Nanu, Evanilson, Taremi e Nakajima, que voltou a jogar mais de sete meses depois).

Numa noite de debutantes, houve sobretudo Díaz do lado dos campeões nacionais. O colombiano foi um perigo à solta nos 56 minutos em que esteve em campo e logo aos 14m abriu o marcador num lance de antologia, ao aproveitar uma perda de bola de Rúben Dias para uma cavalgada de 40 metros até à área adversária até disparar cruzado na cara de Ederson.

Para lá de Rúben Dias, os internacionais portugueses Bernardo Silva e João Cancelo também fizeram parte do onze de Pep Guardiola, que não pôde contar com os lesionados De Bruyne e Gabriel Jesus.

Um FC Porto muito personalizado, a apresentar-se com três centrais e a encaixar no sistema de 3-4-3 do City, acabaria por começar a sucumbir no penálti assinalado a Pepe por falta sobre Sterling. No momento imediatamente anterior, há um pisão de Gundogan a Marchesín, mas nem o VAR reverteu a decisão e Aguero havia de fazer o empate.

Castigo máximo para um dragão demasiado suave, que fez apenas quatro faltas contra 15 do City, que teve quatro amarelos (três deles provocados por Marega). 

O campeão nacional sucumbiria na segunda parte e a pena foi aplicada por Gundogan, que cobrou um livre após sofrer falta de Fábio Vieira, na sequência de uma perda de bola. Reviravolta no marcador consumada aos 65 minutos, porém, os ingleses não abrandaram e tomaram partido da quebra física e de algumas desconcentrações portistas para sentenciar o jogo, oito minutos depois: Ferran Torres combinou com outro recém-entrado, Foden, e rematou num belo arco para o 3-1 final.

Mais uma derrota em solo inglês do FC Porto, que durante alguns períodos do jogo bateu-se olhos nos olhos com uma equipa avaliada em mais de mil milhões de euros (o plantel dos dragões vale um quarto disso, segundo os sites da especialidade) e que, pela amostra frente ao favorito City, mostrou argumentos para disputar a passagem aos oitavos-de-final neste Grupo C.

Segue-se a receção no Dragão ao Olympiakos, que esta noite derrotou o Marselha no outro jogo do grupo.