A FIGURA: Diogo Costa

Uma extraordinária defesa ao penálti cobrado por Schick salvou o FC Porto bastaria para destacar o jovem guarda-redes. Porém, Diogo Costa voltou a evitar o golo ainda antes do intervalo ao sacudir uma «pedrada» de Schick sobre a barra. Diogo esta noite teve mãos de ferro. Foi na sua segurança, sobretudo na primeira parte, que se alicerçou o triunfo o FC Porto haveria de conseguir na segunda. Mais uma prova superada na sua afirmação: o dono da baliza da Seleção Nacional e do FC Porto caminha a passos largos para se tornar num dos melhores guarda-redes da atualidade.

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O MOMENTO: minuto 69, pés de veludo de Taremi

Se Diogo Costa tem mãos de ferro, Taremi tem pés de veludo. O iraniano serviu em bandeja de prata Zaidu para o golo portista aos 69, tal como o fez aos 87m, com Galeno. Mas é o primeiro golo que acaba por encaminhar de forma decisiva o triunfo portista. Num contra-ataque desenhado com arte e engenho, Galeno acelerou e colocou a bola em Taremi, que trata a bola por tu e convidou Zaidu a marcar.  

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OUTROS DESTAQUES:

Taremi

Não terá sido pelo facto de haver quem garanta que o xadrez foi inventado na Pérsia, mas o iraniano joga futebol como quem mexe as pedras de um tabuleiro. Taremi é todo ele inteligência em movimento. Antecipa cada movimento do adversário e com pés de veludo quando não põe a bola na rede, coloca-a, como um presente, à mercê dos companheiros. Foi assim que assistiu Zaidu para o golo portista, depois de ele próprio visto um golo seu anulado ainda na primeira parte.

Zaidu

Entrou para matar, substituindo Wendell, que teve uma exibição positiva contra a sua antiga equipa. A velocidade alucinante do nigeriano faz-se notar ainda mais quando surge fresco a meio da segunda parte. Foi o caso. Desta vez, galgo metros sobre a esquerda para aos 69m fazer um raro golo de cabeça.

Pepê

Outro com pés de veludo, tal como Taremi. O brasileiro é um talento puro, mas está longe de ser apenas isso. Pepê trabalha que se farta. Dribla como poucos, conduz a bola, assiste, remata, mas também compensa quando não tem a bola. Para lá disso, ainda revela uma polivalência notável. Um raro exemplar de um craque operário.

Eustáquio e Uribe

Aos poucos, o internacional canadiano ganha preponderância no meio-campo do FC Porto. Para crescer, tem ao seu lado um bom exemplo: três após uma intervenção cirúrgica, Uribe fez uma exibição de grande nível. Na segunda parte, ambos foram determinantes para que o FC Porto fosse ganhando o miolo aos alemães. 

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Diaby

Um «Diaby à solta». Sozinho ou em combinações com o lateral Frimpong, o internacional francês bre a direita do ataque alemão o internacional francês mostrou-se sempre muito perigoso, pleno de velocidade e capacidade física, sobretudo na primeira parte.

Schick

O homem-golo teve em Diogo Costa um muro intransponível. Ainda assim, não é por acaso que o internacional checo é a grande referência ofensiva dos alemães. Falhou um penálti diante de Diogo Costa, tal como havia feito pela Rep. Checa contra Portugal, mas logo a seguir, em cima do intervalo, voltou a deixar as luvas do guardião portista a fumegar. Não marcou, mas andou lá perto.