Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na sala de imprensa do estádio Jan Breydel, após a goleada aplicada ao Club Brugge, em jogo da quinta jornada do grupo B da Liga dos Campeões:

«Foi uma vitória merecida. Os meus jogadores fizeram um jogo muito competente. Fizemos uma exibição coletiva muitíssimo interessante em todos os momentos do jogo. Sobressaíram alguns jogadores porque o coletivo foi muito forte. Corrigimos algumas situações que não tínhamos feito no Dragão.

O Club Brugge é uma equipa competente e tinha feito um trajeto imaculado na Liga dos Campeões. Era preciso estarmos no nosso melhor dentro das características da equipa com uma ou outra nunca estratégia que achei importante. Os jogadores estão de parabéns. 

Se foi a melhor exibição da época? Foi uma exibição muito consistente. Mas estes são os mesmos jogadores que perderam por 4-0 no Dragão. Para ganhar era preciso perceber a força do Club Brugge. Eles exploram de forma perigosa os corredores laterais, têm uma mobilidade muito grande com bola. Por isso, era importante que os nossos avançados jogassem de forma ligeiramente diferente. Era importante esse trabalho coletivo na dinâmica defensiva para depois explorarmos algumas das fragilidades do Club Brugge. Foi o que fizemos.

Não fomos eficazes na primeira parte, tivemos quatro ou cinco oportunidades para marcar. A vantagem era curta ao intervalo, mas depois marcámos mais golos com jogadas de grande nível. Fomos uma equipa muito capaz em todos os momentos de jogo.»


[Vitória foi importante pelo estatuto europeu do FC Porto e pelo orgulho]: 

«Tenho esse orgulho e essa chama todos os dias da minha vida. Sou assim. Não éramos tão maus como fomos contra o Club Brugge no Dragão, mas também não devemos ficar em bicos de pés porque o futebol muda muito rápido. O que não pode mudar é a nossa atitude, determinação e ambição. Aproveito para dedicar esta vitória à minha família. Nem hoje é motivo para nos meterem flores para cima como também não era motivo no Dragão para o apedrejarem. Dedico-me a cada momento e trabalho sempre da mesma forma por isso fico desiludido em alguns jogos. No fundo, o resultado é que dita tudo isto. Mas não podemos chegar ao limite ou ao exagero. Jamais esquecerei o que aconteceu à minha família nem que vivesse 300 anos. Nunca mais vou esquecer o que aconteceu à minha família. Dedico esta vitória, que é só uma vitória, na pessoa do meu filho, o Sérgio, que estava aqui hoje, a todos os meus filhos e à minha mulher. Esta vitória é para eles.»