Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na sala de imprensa do Estádio do Dragão, após a derrota por 4-1 frente ao Liverpool, na segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões:

«Os jogadores estiveram fantásticos na interpretação do que foi pedido. Mudámos várias situações na frente de ataque. Condicionámos o adversário e fomos fiéis à nossa identidade, com pressão alta. Não deixámos o Liverpool ligar na primeira fase de construção nem explorar a profundidade. Na ocupação dos espaços estivemos muitíssimo bem. A nível estratégico esta foi das melhores primeiras partes desde que estou aqui.»

«Em cinco ou seis situações o guarda-redes, o Fabinho e os centrais colocaram a bola fora por mérito nosso. Não deixámos o Liverpool ligar nem aproveitar a profundidade nas costas da nossa defesa.»

«Faltou eficácia até ao golo do Liverpool. O golo nasce de um lance inofensivo. Começa numa jogada do Héctor, há uma bola longa, o nosso jogador está só e entrega ao adversário. O Salah tenta passar ou rematar, não sei, e o Mané marca. O Liverpool não tinha chegado ao último terço, nem digo sequer à baliza.»

«O subconsciente dos jogadores começou a funcionar, perceberam que tínhamos de fazer quatro golos. Da forma como o jogo estava, se tivéssemos marcado primeiro, podia ter caído para nós».

«Entrámos bem na segunda parte, mesmo sabendo que era difícil. Demos uma resposta à imagem da primeira parte até aos 65 minutos. Depois do 2-0 arrepiei-me com a força das bancadas. Marcámos, mas a partir daí as alterações e a qualidade individual dos jogadores permitiu-lhes chegar ao 3-1. O jogo ficou sem história. A diferença de golos nos dois jogos é injusta.»

«Podíamos ter marcado em Anfield. Quero lembrar o percurso do FC Porto até aqui: fizemos 16 pontos em 18 possíveis na fase de grupos e eliminámos a Roma, que joga num campeonato muito competitivo. Faltou-nos uma pontinha de sorte e eficácia com o Liverpool. Ainda assim, parabéns aos jogadores.»