Figura: Kai Havertz

Há momentos são para os grandes jogadores. O prodígio de Aachen começou a jogo a partir da esquerda, mas espreitou sempre o espaço entre Zinchenko, Rúben Dias e as costas de Gundogan para aparecer. Havertz é um craque na forma como esconde a bola dos adversários, como joga de costas e se desmarca e depois, na forma como executa: roça a perfeição. O lance do golo que resolve o jogo é sintomático: foge a Zinchenko, Ederson ainda tenta o corte, mas o ressalto fica no germânico que marcar. Depois de ter sido herói, Havertz foi altruísta e aceitou partilhar a glória com Pulisic, mas o norte-americano falhou. 


Momento: Rudiger nega o golo a Foden

Após uma melhor entrada, o Chelsea não marcou e permitiu ao Manchester City recompor-se. Na única vez que os campeões ingleses conseguiram libertar De Bruyne, o belga isolou Foden. Quando o jovem inglês se preparava para festejar, Rudiger travou o seu pontapé. Foi a melhor ocasião da equipa de Guardiola em todo o jogo. 



Outros destaques:


Foden: a par de De Bruyne, era a quem mais se exigia. Apesar de ser um dos maiores prodígios do mundo, o jovem inglês sentiu sempre dificuldades para aparecer tal como o belga. Preso na teia montada por Tuchel, Foden teve a melhor ocasião da partida a favor do City, mas Rudiger fez um corte sensacional. Ainda que não tenha feito um jogo de encher o olho, foi quem carregou o City em muitos momentos do jogo. 

Kanté: o francês é omnipresente. Após a conquista do Mundial, os franceses cantaram que Kanté é «pequeno e gentil». Perguntem aos jogadores do Manchester City, escrevemos nós! O médio esteve em todo o lado, fartou-se de desarmar adversários e revelou-se importante nas saídas para o ataque - vimo-lo a sair várias vezes em condução. A par de Havertz, Kanté foi o melhor do Chelsea.

Zinchenko: o «jóquer» de Guardiola, mas o ucraniano esteve longe de justificar a aposta do técnico. Claro que o polivalente jogador não foi o culpado, visto que do outro lado esteve um Chelsea muito competente. Zinchenko pouco ou nada acrescentou à construção do City e ficou ligado ao golo que acabou por ditar a derrota ao deixar Havertz fugir. 

Chilwell: a exibição do lateral-esquerdo é de gala. Chilwell «secou» Mahrez, esteve sempre bem posicionado e conseguiu dois cortes fulcrais: um perante o argelino e outro sobre Foden. Além disso, o ex-Leicester não se inibiu de subir no ataque. É ele quem começa o lance do golo de Havertz.

Rudiger: concentração nos píncaros, agressividade dentro do limites. O alemão fez, possivelmente, o jogo de uma vida e assumiu a liderança da defesa dos blues após a saída por lesão de Thiago Silva. Foi um autêntico muro.