Mauricio Pochettino, treinador do Tottenham, contou, em entrevista ao Evening Standard, que esteve dez dias fechado em casa depois de, no final da época passada, ter perdido a final da Liga dos Campeões diante do Liverpool em Madrid. O pior momento da carreira do treinador argentino a par da eliminação da Argentina no Mundial de 2002.

«As três semanas para preparar a final foram incríveis, depois ficámos muito dececionados pela forma como perdemos. Precisava de ir para casa e fui no dia seguinte de comboio de Madrid a Barcelona. Estive dez dias fechado em casa, não queria sair. Foi muito duro porque estivemos muito próximos de atingir a glória», começa por contar.

O treinador dos Spurs procurou depois refugiar-se no golfe, mas sem grandes resultados. «Tentei jogar golfe ao fim de alguns dias. Só atirar umas bolas. Tentei concentrar-me com o meu filho, mas era impossível. A minha família tentou levantar a minha moral, mas estavam tão magoados como eu», acrescenta.

Um desaire que o treinador diz que só tem paralelo com a eliminação da Argentina no Mundial da Coreia do Sul e Japão. «Comparo essa derrota com o Mundial de 2002 quando perdemos com a Inglaterra, empatámos com a Suécia e fomos eliminados. São os dois piores momentos da minha carreira», assumiu.

Um mau momento que já está ultrapassado. «Os vencedores voltam a recuperar rápido. Em dez dias, como eu, ou quinze. Durante as férias é pior, porque pensas nisso todos os dias, mas quando começas a treinar esqueces tudo. Quando começa a nova época, regressa o fogo interior», destacou ainda.