Jürgen Klopp diz que a diferença do Liverpool da primeira para a segunda parte, frente ao Villarreal, foi que a sua equipa começou a jogar futebol. A equipa inglesa chegou ao intervalo a perder por 2-0, com a eliminatória empatada, mas depois garantiu a qualificação para a final de Paris com três golos no segundo tempo.

Vai ser a terceira final para Jürgen Klopp nos últimos cinco anos. «É como se fosse a primeira em vinte anos, foi espetacular, mas tivemos de sofrer antes. Já sabíamos que estas coisas podem acontecer, é como na vida, depende da forma como reages quando as coisas não te correm de feição», começou por dizer o treinador alemão.

De facto, depois de ter ganho em Anfield por 2-0, o Liverpool já perdia o segundo jogo aos três minutos. «Sofrer um golo logo aos três minutos é o oposto do que queríamos. Foi o momento, máximo respeito pelo Villarreal, pelo estádio, pelo treinador. Foi inacreditável o que ele conseguiu montar, a pressão que nos fizeram, homem a homem em todo o campo, nem conseguíamos respirar. Não jogámos futebol, disse aos rapazes ao intervalo que era preciso agarrar o momento. Para recuperar, tínhamos de colocar a bola nos sítios certos, voltar a jogar futebol. De repente, voltámos ao jogo, fizemos os nossos golos e fizemos isto acontecer», prosseguiu.

Uma mudança clara da primeira para a segunda parte. «Ao intervalo sabíamos o que estava mal, era mais do que óbvio. Tínhamos de serenar e voltar a jogar futebol. Estávamos calmos, sabíamos que voltássemos a jogar como tínhamos jogado na primeira parte, eram eles que iam à final. A nossa perceção é que tínhamos de marcar o 2-1, mostrar que estávamos cá, e fizemos isso», contou.

Uma segunda parte completamente diferente, com Luis Diaz a render Diogo Jota ao intervalo. «Na primeira partem os jogadores estavam nas posições certas e o Diogo [Jota] mais solto, entrelinhas, mas não o encontrámos aí. Foi por isso que tivemos de mudar. Adoro o Luis [Díaz], é um grande jogador, mas não foi por ele ter entrado, foi pela forma como eles começaram a jogar. Tínhamos de mudar, estávamos só a meter bolas no Diogo e era o Parejo que saía a jogar. Tínhamos de ser mais compactos, fechar os espaços e partir daí», referiu.

Agora o Liverpool vai ver no sofá o Real Madrid-Manchester City desta quarta-feira, para saber quem vão defrontar na final de Paris a 28 de maio. Claro que vou ver o jogo. Seja quem for que passe, vai ser uma final gigante. Não vou estar a torcer por um ou por outro, quem quer que ganhe, será sempre um grande jogo. Quem conseguir o resultado é porque o mereceu e, depois, vamos defrontá-los em Paris», comentou ainda Klopp.