O Real Madrid bateu o Borussia Dortmund no Santiago Bernabéu por 3-0, construindo uma vantagem confortável para o jogo da segunda mão diante de um adversário que, sem Lewandowski, foi inofensivo no ataque e teve o guarda-redes Weindenfeller como maior figura. Cristiano Ronaldo fechou o resultado com o seu 14º golo em oito jogos, igualando o recorde que era partilhado por Messi e Altafini.

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Entrada fortíssima do Real Madrid, com Gareth Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo com constantes trocas de posições, a baralhar a disciplinada defesa do Dortmund, que sentiu dificuldades para travar o carrocel do tridente da frente, apoiado por Modric e pelas constantes subidas dos laterais Carvajal e Coentrão. O primeiro golo surgiu logo aos quatro minutos, com Benzema a descer pela direita e a combinar com Carvajal que assistiu Bale em zona de finalização. O galês só teve de desviar a bola de Weindenfeller que vinha ao seu encontro.

Foi um início demolidor da equipa de Ancelotti diante de um adversário que, órfão de Lewandowski (castigado), sentia muitas dificuldades em sair a jogar. O Real Madrid voltou a estar muito perto do golo, na sequência de um livre de Cristiano Ronaldo que proporcionou uma das grandes defesas da noite a Weindenfeller.

Quando parecia que o Dortmund estava a conseguir libertar-se do colete de forças, com a subida das suas linhas, o Real Madrid chegou ao segundo golo, aos 27 minutos, com Isco a ganhar uma bola perdida para voltar a bater o guarda-redes do Dortmund. Weidenfeller voltou a brilhar entre os postes, agora para negar um golo a Bale, numa altura em que o Real Madrid tinha o jogo totalmente sob controlo. Até ao intervalo, o Dortmund ainda conseguiu ensaiar dois ataques, mas sem dar trabalho a Casillas.

Recorde de Ronaldo

A segunda parte começou com mais chuva e outra vez com mais Madrid, ainda com um Dortmund incomodado por não conseguir jogar como gosta, em contra-ataque. Eram os merengues que, em vantagem, jogavam assim e, depois de ameaças de Bale e Benzema, foi a vez de Cristiano Ronaldo marcar, aos 58 minutos, depois de uma grande recuperação de Modric. Um golo especial que permite ao internacional português, com apenas oito jogos, igualar a melhor marca de golos numa edição da Champions que era detida por Messi e Altafini, com catorze golos.

O jogo estava aberto e o Dortmund podia ter reduzido logo na seguir numa recarga de Mkhitaryan [grande corte de Pepe] depois de uma primeira defesa de Casillas. Mas Benzema também podia ter feito quarto. Jürgen Klopp, à procura dos anunciados «cojones», arriscou tudo na procura de um golo que podia deixar a eliminatória em aberto, prescindindo de um lateral para lançar mais um avançado, numa altura em que Ancelotti também calibrava a sua equipa para defender. O jogo prosseguiu equilibrado, mas sempre com o Real Madrid mais perto do quarto golo.

Foi o quinto jogo entre os dois emblemas em pouco mais de um ano, depois do duplo choque da temporada passada: primeiro na fase de grupos, depois na meia-final com um super-Lewandowski a conduzir a equipa de Klopp para a final de Wembley, com um «poker» no primeiro jogo em Dortmund. Só uma nova proeza do polaco na próxima semana poderá «ressuscitar» este Borussia.