Pożegnanie. O Sporting disse adeus às competições europeias depois de não cumprir os requisitos mínimos diante do Legia Varsóvia.

O leão precisava de trazer apenas um empate da capital polaca, mas regressa a Portugal com uma derrota na bagagem e a preparar o dérbi de domingo com o Benfica ferido por uma saída precoce (e inesperada) da Europa.

Jorge Jesus apostou num bloco defensivo composto por Rúben Semedo, Coates e Paulo Oliveira, dando mais liberdade a Marvin Zeegelaar no corredor esquerdo. Com uma motorização ofensiva ligeiramente diferente da habitual (Markovic no apoio a Bas Dost e Bruno César a partir no miolo do terreno), os leões apresentavam uma estratégia assente numa elevada circulação de bola e na contenção da produção ofensiva da equipa anfitriã.

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Esta espécie de comportamento profilático parecia estar a dar resultado, embora não se repercutisse em grandes ocasiões de golo até ao rombo provocado por Guilherme. À meia hora, o extremo brasileiro foi mais expedito do que a defesa leonina e deu o melhor seguimento a um cruzamento de Prijovic.

Jorge Jesus, que tinha garantido concentração absoluta para a partida de Varsóvia, também tinha admitido que 10 por cento da mente dos leões já era ocupada pelo dérbi com o Benfica no próximo fim-de-semana.

Esses tais 10 por cento estariam representados por Ricardo Esgaio (a solução natural para a sucessão ao castigado João Pereira) e por Bryan Ruiz, que foi preterido por um desinspirado Lazar Markovic.

O técnico dos leões fez inversão de marcha e lançou os dois aos 58 minutos, com a equipa a registar melhor substanciais. O Sporting aproximou-se da arrumação habitual e conseguiu carregar sobre a equipa da casa, principalmente após a entrada de André a 20 minutos do fim.

Jesus depositava todos os últimos trocados de fé no brasileiro que diz ser parecido ao levezinho, mas o que se seguiu foi uma ode ao desperdício. Só dos pés de André foram dois falhanços quase escandalosos, o maior deles após cortesia de Gelson na direita.

À procura do empate que o recolocava na Liga Europa, o Sporting arriscava-se, no entanto, a capitular de vez. Em contra-ataque, o Legia ameaçou o 2-0 pelo menos em duas ocasiões. Patrício ia mantendo o leão a respirar sofregamente, mas a expulsão de William (aos 85’ por acumulação de amarelos) foi demais para as aspirações da equipa de Alvalade, que até foi superior durante a maior parte do jogo mas acabou por pagar caro por uma desatenção defensiva que se revelou fatal.

O Sporting acaba o Grupo F no último lugar. Falha um apuramento difícil para os oitavos de final da Champions e o reconforto de uma repescagem para a Liga Europa.