Pela segunda noite seguida, assistiu-se a um final dramático em Lisboa. Ainda assim, o desfecho foi justo.

O estreante nos quartos de final - sim, o Leipzig nunca tinha chegado tão longe na prova - está nas meias-finais da Liga dos Campeões após bater o Atlético de Madrid (2-1). E a explicação é simples: jogou mais e melhor que o rival. 

Os colchoneros apenas começaram a olhar para a baliza de Gulácsi a partir do momento em que João Félix entrou. O relógio marcava o minuto 59. Por essa altura, os germânicos já venciam por 1-0 numa pintura que retrata na perfeição a ideia de jogo arrojada de Nagelsmann. O central Halstenberg conduziu até à entrada da área adversário, tocou para Poulsen que deixou para Laimer. O médio tocou para Sabitzer que cruzou para o cabeceamento de Olmo.

Embora tenha assumido o jogo desde o início da partida, o Leipzig raramente assustou Oblak na primeira metade com excepção a um disparo de Halstenberg. O Atlético também não fez melhor, sublinhe-se. O único lance de perigo da equipa madrilena foi um disparo de Carrasco para defesa apertada de Gulácsi.

O golo a abrir a segunda parte alterou a postura do Atlético de Madrid. Os colchoneros precisavam de inspiração mais do que transpiração e Simeone fez entrar Félix. Após dois bons pormenores técnicos, o português «inventou» o empate: driblou um contrário, tabelou com Diego Costa e foi travado por Halstenberg na área quando se preparava para rematar. Sem receio, Félix assumiu a cobrança do penálti e igualou a contenda.

Tudo isto em dez minutos.

Quando já se adivinhava o prolongamento - jogava-se mais para não perder do que para ganhar - o Leipzig foi mais feliz. Sabitzer lançou Angeliño e o espanhol fez o passe atrasado para Adams. O norte-americano rematou, Oblak viu a bola desviar em Savic e entrar na sua baliza. 

A dois minutos do final, o Atlético de Madrid estava no tapete. Ainda tentou levantar-se, à base de pontapés longos para a área alemã, mas acabou eliminado. 

Lisboa continua, portanto, a assombrar o Atlético. O Leipzig continua a sua (bela) história ante o PSG nas meias-finais.