A final da Liga dos Campeões (LC) no Porto marcada para o dia 29 fez aumentar a taxa de ocupação em vários hotéis da cidade, existindo unidades com lotação esgotada, avançaram esta terça-feira vários responsáveis do setor, citados pela Agência Lusa.

O Porto vai acolher pela primeira vez uma final de uma competição europeia de clubes, depois de a UEFA ter anunciado que o encontro 100% inglês entre Manchester City e Chelsea vai realizar-se no Estádio do Dragão.

O Hotel NH Collection Porto Batalha, com 107 quartos, «está completo para os últimos dias deste mês», por causa da final da Liga dos Campeões, disse hoje, em entrevista telefónica à Lusa, uma das rececionistas daquela unidade hoteleira.

Uma parte das reservas diz respeito a clientes do Reino Unido e outra metade são reservas do mercado espanhol, bem como «algumas do mercado francês e suíço».

«As reservas já estavam a decorrer bastante bem, mas com a notícia da final da Champions houve um acréscimo automático», disse.

A taxa de ocupação também está a 100% no Hotel Sheraton Porto para a semana de 24 a 31, avançou à Lusa fonte oficial daquela unidade hoteleira.

«Houve bastante procura com a notícia [da vida da final da Liga dos Campeões] e fecharam-se logo os protocolos», acrescentou.

No Grande Hotel do Porto, o aumento das reservas para o final de maio também surgiu de «imediato» com a notícia e a maioria das reservas também diz respeito a clientes do Reino Unido, embora se registem outras do «mercado italiano e algum do mercado espanhol», referiu uma das funcionárias do hotel.

«Estamos a 50% para os últimos dias de maio, mas estaríamos completos se as regras não obrigassem os adeptos a vir na tal bolha, de ter de ir e vir no dia do jogo», referiu.

Nota-se que os clientes «estão ansiosos por fazer as malas e poder viajar», conta, referindo que o número de reservas tem aumentado «gradualmente desde sexta-feira passada, com o levantamento da proibição dos voos» da União Europeia e do Reino Unido.

No Hotel Bessa Boavista e Bessa da Baixa as reservas também dispararam com a chegada da notícia da final da Champions no Estádio do Dragão.

Renato Correia, diretor geral do Bessa Hotel Boavista, conta que a taxa de ocupação nos Bessa Hotel da Baixa e da Boavista para todo o mês de maio está a rondar os 50%.

O Hotel Dom Henrique Downtown, localizado na Baixa do Porto e que tinha encerrado o negócio no final de 2020 devido à pandemia, retomou a atividade na semana passada, no dia 10.

«Reabrimos as portas do hotel e do restaurante e estamos com uma média de reservas na ordem dos 40% para o final do mês de maio, entre os dias 26 e 31 de maio», conta à Lusa Filipe Dias, considerando que esta procura maior pelo final de maio se relaciona com a final da Champions na cidade.

No Hotel Mercure Porto Centro Santa Catarina a história repete-se e mal se soube da notícia da final da LC no Porto «foi instantâneo», tendo a unidade começado a receber um «volume grande de reservas», relata um dos funcionários daquela unidade hoteleira.

«As reservas começaram a subir, sobretudo de clientes estrangeiros do Reino Unido, mas também alguns do mercado espanhol que não precisam de apresentar um teste de coronavírus negativo», disse.

Segundo referiu, «a taxa de reservas está acima de 50% entre os dias 26 e 30 de maio, por causa da final da Champions».

Em 13 de maio, o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins, considerou que receber a final da Liga dos Campeões de futebol no Porto teria impacto direto na economia, mas apelava, em simultâneo, às autoridades policiais para uma «vigilância ativa» nos ajuntamentos.

O Governo anunciou que os adeptos estrangeiros que viajem até ao Porto para assistir à final da Liga dos Campeões de futebol vão ficar menos de 24 horas em Portugal e serão todos testados à covid-19.

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros do dia 13, confirmou que o Estádio do Dragão poderá ter uma lotação máxima de 12 mil pessoas e que os lugares serão marcados e designados pela Direção-Geral da Saúde.