Maurizio Barbeschi, conselheiro do diretor executivo para as Emergências Sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS), defende que Portugal «não foi escolhido por acaso» para acolher a "final a oito" da Liga dos Campeões, mas sim devido à forma como lidou com a pandemia de covid-19, apesar dos números recentes na região de Lisboa.

«Não foi escolhido pela qualidade das infraestruturas ou pela tradição futebolística, mas por tudo o que rodeia o campo de futebol. Se acrescentarmos o sistema público, a consciência do protocolo, as medidas de verificação e mitigação – tudo isso fundamentou a decisão de considerar que a escolha de Portugal era a que mais minimizava os riscos», refere o italiano à agência Lusa.

Maurizio Barbeschi acrescenta que «a atuação, como se fosse uma harmónica, fez de Portugal uma história de sucesso no controlo da epidemia, porque se colocou o pensamento coletivo a combater a doença».

O conselheiro da OMS destacou ainda o cuidado com a competição será preparada, até porque essa já tem sido a realidade das equipas.

«As equipas serão uma espécie de bolhas, movendo-se em simultâneo, em direção a Portugal, e isso é muito bom», sustenta.