Não podia ser melhor a estreia do FC Porto em Israel: graças à vitória desta noite (1-3) frente ao Maccabi a equipa de Lopetegui está a um ponto apenas de garantir o apuramento para os oitavos-de-final.
 
A partida começou frenética, com lances de perigo nas duas balizas. Ben Haim II, que no Dragão já havia sido o mais perigoso dos israelitas, ameaçou por duas vezes seguidas Casillas (primeiro num remate cruzado e depois num desvio de cabeça), mas antes e depois disso só deu FC Porto até ao intervalo.

Não fosse o desacerto de Aboubakar e os dragões poderiam ter resolvido o jogo bem cedo.

O camaronês teve nos pés uma mão cheia (não é força de expressão…) de oportunidades só na primeira parte, mas falhou uma e outra vez. Teve mérito em remates potentes de fora da área, mas falhou com clamor dois lances de golo cantado.

Quem não falhou foi Tello, que isolado na esquerda por André André recebeu mal, mas finalizou bem, com um desvio à saída de Rajkovic.

Com o golo, o FC Porto passou a gerir o jogo frente a uma equipa com algum poder de fogo mas muito menor certeza de passe.

Tello: uma ameaça permanente
Soube a pouco o 0-1 ao intervalo, mas a recompensa chegaria logo nos primeiros minutos do segundo tempo. Danilo descobriu Maxi, que cruzou para a pequena área, onde a cabeça de André André apareceu do nada para fazer o segundo: 0-2.

Desta vez, o Maccabi reagiu. Apareceu, finalmente, o atirador Zahavi, que tentou visar em três ocasiões a baliza de Casillas.

O golo, porém, surgiria de novo do outro lado. Layún, com classe, dominou a bola com o pé esquerdo e colocou-a com o direito no fundo das redes, depois de ter sido assistido por Tello.

O extremo espanhol foi o melhor em campo, uma ameaça constante para os israelitas: marcou e assistiu antes de dar o lugar a Varela a um quarto de hora do fim.

Também Danilo merece destaque (que grande jogo que ele fez!): fez passes em profundidade como se fosse um maestro, além de ser um tampão no meio-campo. Rúben Neves, André André e Layún (outro jogão) não sabem jogar mal e tornam-se a cada jogo que passa jogadores determinantes neste FC Porto.

Está tudo dito sobre o jogo? Não, porque o árbitro grego Anastasios Sidiropoulos descobriu uma grande penalidade de Maxi sobre Zahavi, que só ele viu. E deu ao capitão Zahavi a oportunidade de bater Casillas e de fazer o primeiro golo do Maccabi na fase de grupos (era a única das 32 equipas que ainda não tinha marcado).

Não chegou para colocar sequer em causa o triunfo do FC Porto, que geriu até ao fim um resultado que deixa escancaradas as portas do apuramento.

Três golos, três pontos e o apuramento ali a um pequeno passo. Este Porto europeu rebentou com o muro israelita e saiu de Haifa sem nada para lamentar.