O FC Porto desloca-se no dia 4 de novembro a Israel para defrontar o Maccabi Telavive, para a Liga dos Campeões, numa altura em que a situação no país está particularmente violenta. Nos últimos 15 dias, a violência agudizou-se, com múltiplos ataques e distúrbios que causaram a morte de, pelo menos 34 palestinianos e sete israelitas.
 
Recorde-se que num dos incidentes um adepto do Hapoel Tel Aviv ficou gravemente ferido, após ter sido atacado por elementos da claque do Beitar Jerusalem com um machado, que lhe ficou cravado na cabeça. Esta claque, chamada La Familia, tem um histórico de violência contra árabes. Aliás, a orientação de extrema direita do clube faz com que nenhum palestiniano seja contratado para jogar na equipa do Beitar. Ideologia que se estende aos adeptos, que a levam ao extremo.
 
Duas pessoas foram entretanto detidas, na sequência deste ataque, mas a situação continua complicada. O governo israelita decidiu aplicar uma série de médias preventivas nos bairros do leste de Jerusalém, que Israel ocupa desde 1967, devido à onda de violência, incluindo o cancelamento dos jogos de futebol entre judeus e árabes, por questões de segurança. Entretanto foram também enviados centenas de soldados para as cidades israelitas, para garantir a segurança.
 
Entretanto o FC Porto manifestou confiança nas autoridades policiais israelitas para a deslocação ao país. «Nem o FC Porto nem a comitiva terão algo a temer, porque as autoridades israelitas têm vasta experiência na proteção de equipas desportivas e acompanhantes e porque o jogo até será em Haifa, longe de Jerusalém, onde estes conflitos assumem sempre maiores proporções», refere a newsletter diária do FC Porto.