Figura: Manafá

Se há dois anos alguém dissesse que Manafá, então no Portimonense, estaria a desarmar Cristiano Ronaldo na Liga dos Campeões, chamar-lhe-iam louco. O lateral-direito fez um dos melhores jogos com a camisola do FC Porto e não deu uma nesga a um dos melhores executantes da história. Ainda assim, Manafá não se limitou a defender e aproveitou as oportunidades que teve para se associar com Corona, Otávio e Marega. Sereno, consciente do que fazer sempre que teve a bola, Manafá aliou qualidade e critério às suas ações e o lance da assistência para o 2-0 é sintomático. Que jogo!
 

Momento: Marchesín impede o empate, minuto 84

Após o 2-1, a Juventus ganhou uma nova vida, não só na eliminatória, mas também no encontro. A Vecchia Signora criou dificuldades ao FC Porto como não o tinha feito até então e esteve muito perto de igualar. Com Morata pela frente, Marchesín negou o golo ao espanhol e agarrou o triunfo (justo) dos dragões. Uma defesa que pode valer uma eliminatória.


Outros destaques:


Ronaldo: ao contrário da visita anterior ao Dragão, o internacional português não sai com boas recordações. Quem tira Ronaldo das zonas de finalização, retira-lhe a essência do seu jogo. O avançado depende, cada vez mais, do coletivo para sobressair. Como a Juventus teve dificuldades em criar oportunidades de golo durante a maior parte do jogo, CR7 pouco ou nada se viu. Uma exibição muito cinzenta de Ronaldo no regresso ao país de origem.


Chiesa: o jovem extremo merece o destaque pelo golo que marcou o Dragão. Sem fazer um jogo de encher o olho, o internacional transalpino foi o único jogador capaz de ganhar os duelos individuais aos marcadores diretos e cruzar com perigo. Chiesa deixou Pirlo aliviado ao marcar o golo que deixa os italianos bem dentro da discussão da eliminatória.

Marchesín: pareceu que estava a cumprir o centésimo jogo na Liga dos Campeões tamanha a tranquilidade e assertividade em quase todas as ações. Muito concentrado, o internacional argentino mostrou-se muito seguro nas saídas entre postes tanto a anular cruzamentos como a dobrar os defesas centrais. Marchesín poderia ter feito melhor no lance do golo de Chiesa, é verdade. Contudo, é justo destacar a soberba intervenção quando Morata surgiu isolado. Fez, em suma, um jogo de Champions.  


Marega e Taremi: jogadores diferentes, mas interpretes do mesmo papel. Os dois avançados portistas foram extremamente importantes na pressão alta que Conceição preconizou. Além disso, o duo revelou-se muito útil na forma como se entregaram ao jogo: seguraram a bola de costas, ganharam faltas e permitiram à equipa respirar. No entanto, o mais importante de tudo foram os dois golos marcados.