O Manchester City está na final da Liga dos Campeões, pela primeira vez na sua história.

Com um bis de Mahrez, um Phil Foden fenomenal e um Ruben Dias imperial, a equipa de Pep Guardiola tornou-se no 42.º clube a chegar à final da Champions, eliminando precisamente o 41.ª, o Paris Saint-Germain, que o conseguira na época passada.

Depois de já ter triunfado em Paris por 2-1, o Man. City voltou a vencer, desta vez por 2-0, um PSG que foi combativo, chegou a assustar os citizens, mas a quem faltou maturidade… e Mbappé.

É impossível falar desta segunda mão da meia-final sem falar no jovem francês, que falhou o jogo por lesão, vendo a derrota do banco e sabendo que poderia ser muito útil ao conjunto parisiense.

O PSG ainda sonhou com a reviravolta quando o árbitro da partida assinalou um penálti logo aos sete minutos por alegada mão de Zinchenko na área. Porém, a bola bateu no ombro do ucraniano, o VAR avisou o juiz, que reverteu a decisão.

E se esse foi um banho de água fria para os homens de Pochettino, três minutos caiu um balde de gelo tão grande ou maior do que a granizada que se abateu sobre Manchester minutos antes do apito inicial.

E se esse deixara o relvado branco, o golo de Mahrez aos dez minutos, deixou toda a equipa do PSG pálida. Tudo começou num lançamento longo da-que-les-que-só-E-der-son-sa-be-fa-zer, Zinchenko foi por ali fora, assistiu para um primeiro remate de De Bruyne, com Mahrez a marcar na recarga.

Sete minutos depois, a melhor oportunidade do PSG… em toda a partida. Marquinhos cabeceou à trave aos 17m, e a partir daí, os parisienses, demasiado dependentes de Neymar, foram vendo a final cada vez mais longe.

Com uma exibição gigante de Ruben Dias na defesa – perdeu-se a conta aos cortes providenciais do português – e Bernardo Silva mais batalhador do que criador na frente, o Manchester City foi ficando cada vez mais confortável na partida e o bis de Mahrez aos 63 minutos matou definitivamente as esperanças francesas.

Aliás, acabou até com boa parte do bom-senso. Que o diga Di Maria, que foi expulso com vermelho direto, seis minutos depois, por pisar Fernandinho fora de campo.

E a partir daí, o futebol desapareceu e surgiu um outro desporto. Uma coisa dançada ao ritmo de cartões amarelos, sururus, entradas duras e pouco mais.

O apito final foi, por isso, um alívio para todos. Para o Manchester City que conseguiu algo que perseguia com milhões e milhões investidos de há várias épocas para cá; e também para o PSG que há muito percebera que não iria repetir a presença na final que conseguira há um ano.

Será que é desta que Guardiola volta a vencer uma Liga Campeões, depois das duas conquistadas ao serviço do Barcelona. A resposta será dada no final do mês em Istambul, onde o Man. City vai voltar a jogar uma final de competições europeias, depois de ter estado na final da Taça das Taças... em 1970.

[artigo atualizado]