Dois anos depois, a final da grande prova europeia de clubes vai voltar a ser um dérbi de Madrid.
Desta vez, não será a Luz, mas o Estádio Giuseppe Meazza, em Milão, o palco da grande decisão da Liga dos Campeões entre Real e Atlético.
O Real fez jus ao seu favoritismo, depois de um nulo em Inglaterra, bateu o Manchester City por 1-0.
Logo aos 20 minutos de jogo, um golo a meias entre Bale e Fernando, com o galês a rematar cruzado e a bola a desviar no médio ex-FC Porto, valeu o triunfo aos madridistas, que assim chegam à 14.ª final da sua história (quarta na versão Liga dos Campeões) e vão atrás da conquista da «undécima copa» de campeões europeus.
É um prémio merecido para a equipa de Cristiano Ronaldo, que hoje apareceu em campo completamente recuperado da lesão muscular e como habitualmente foi uma das grandes figuras dos «merengues».
Esteve incansável CR7, que sem fazer um jogo brilhante, tentou visar a baliza de Joe Hart em várias ocasiões.
Os lances de perigo iminente estiveram sobretudo a cargo de Bale, que esteve muito perto de fazer o segundo quando cabeceou a bola à barra aos 64’.
Não marcou aí o Real Madrid, que controlou o jogo quase todo, e teve de sofrer até final.
Mesmo sem apresentar grandes argumentos para contrariar a superioridade «merengue», a equipa de Manuel Pellegrini (com os ex-portistas Otamendi, Mangala e Fernando em campo) esteve perto do golo em duas ocasiões nos momentos finais de cada parte. Primeiro, num remate ao poste de Fernandinho, aos 44’ e, já perto do final, aos 89’, quando Agüero apareceu finalmente no jogo para visar a baliza de Keylor Navas, rematando em jeito uma bola que saiu à rede superior da baliza.
Momentos depois, Ronaldo e Pepe, com uma exibição muito segura, suspirariam de alívio. Tal como Zinedine Zidane. Depois de ter levado o Real Madrid à conquista do troféu como jogador (2002), o francês pode reeditar a façanha agora como técnico – uma extraordinária forma de terminar a época para quem chegou como interino.
Terá pela frente um Atlético sedento pela desforra da final de há dois anos.
A 28 de maio, Madrid vai invadir Milão. E a Europa (e o mundo) do futebol vai parar para ver neste duelo entre velhos rivais.
