Messi.

Um parágrafo em que não se diz tudo, mas diz-se tanto.

Mais uma vez, foi em Messi que começou a glória do Barcelona. Foi Messi que afastou o fantasma da eliminação dos culés pela quarta época consecutiva nos quartos de final da Liga dos Campeões.

Um bis do argentino nos primeiros vinte minutos e os fantasmas arrumados no armário, na mesma prateleira onde ficou a eliminatória.

Mas para se perceber a importância de ter um extraterrestre na equipa é preciso recuar cerca de um ano. Já nem vamos às eliminações nos anos anteriores, mas a da época passada, diante da Roma foi traumática para a equipa de Ernesto Valverde.

É que nesta eliminatória o Barça até trazia uma vantagem de 1-0 em Old Trafford, mas na época passada também tinha vencido por 4-1 em Barcelona e depois caiu em Roma com uma derrota por 3-0.

A isto, há que acrescentar a entrada fortíssima do Manchester United, nesta terça-feira. A equipa inglesa surgiu muito pressionante, a encostar o Barcelona ao seu meio-campo, sobretudo com Rashford a causar o pânico para a baliza defendida por Ter Stegen.

Por tudo isto, quando Messi recuperou aquela bola que Young tentava bombear para longe, percebeu-se que a noite podia sorrir ao Barça. Daquela bola junto à linha lateral, o argentino fugiu para o golo, tirando três adversários do caminho antes de desenhar um arco perfeito para o primeiro golo.

E depois do erro de Young, foi De Gea quem facilitou após um remate rasteiro e de pé direito de Messi, pois claro, deixando a bola passar-lhe por baixo do corpo.

Quase se podia fechar o jogo neste ponto. Mas ainda há mais para contar.

Há mais uma jogada absolutamente genial de Messi mesmo a fechar a primeira parte, na qual Phil Jones ainda deve estar a tentar perceber como é que a bola andou ali sempre tão perto dele, sem que ele lhe tocasse. Tal como Sergi Roberto ainda estará para perceber como permitiu a defesa de De Gea.

Da segunda parte, podemos destacar as entradas em campo de Dalot e Nelson Semedo, com o primeiro mais em foco do que o segundo, mas importante mesmo foi o terceiro golo do Barça.

Mais um golaço, para não destoar, variando apenas o autor: Coutinho.

A passar um momento complicado com alguma contestação por parte dos adeptos, o médio brasileiro ex-Liverpool, o jogador mais caro da história dos culés, recebeu uma bola de Alba a meio do meio-campo e arrancou para finalizar com um soberbo remate em arco.

Do Man. Utd, além do início promissor, fica uma equipa que é uma sombra do gigante europeu que já foi. Do gigante que, em 1999, no mesmo estádio onde caiu nesta terça-feira, subiu ao topo do futebol europeu e se sagrou campeão europeu, graças ao homem que agora orienta a equipa, Solskjaer.

Mas por falar em gigante, temos de terminar da mesma forma como começámos.

Messi.