0 antecedentes
Tarefa duplamente complicada para o Mónaco, que nunca, no seu historial europeu, venceu uma equipa italiana por dois golos de diferença e tem pela frente uma Juventus que nunca foi afastada por uma equipa francesa. Há mais de um ano (Nápoles, em março de 2014) que a vecchia signora não perde um jogo por mais de um golo, dois anos se olharmos apenas para jogos europeus. Além disso,  1-0 é, historicamente, um bom resultado para quem joga fora na segunda mão. De acordo com os dados da UEFA, 74% das equipas que marcam o primeiro golo nos quartos de final seguem para as meias. Uma fase da competição que a Juventus não atinge desde 2003, ano em que conquistou o troféu pela última vez.



1 golo, só
Nunca os quartos de final da Liga dos Campeões tinham começado com o golo a custar tão caro: desde que a prova se cumpre nestes moldes, com jogos distribuídos por dois dias, nunca a primeira jornada se resumira a apenas um festejo. Ainda por cima arrancado a ferros e escrito por linhas tortas: o único golo, conseguido pela Juventus, nasce de um penálti assinalado a Ricardo Carvalho por uma falta cometida fora da área.
 
2 suspensos
Marcelo (Real Madrid) e Mario Suarez (At. Madrid) são, antes dos jogos desta quarta-feira, os únicos jogadores afastados da partida da segunda mão, por terem completado uma série de cartões amarelos.



Em Turim, só Ricardo Carvalho foi advertido pelo árbitro, no lance da grande penalidade cometida fora da área. Os italianos pediram cartão vermelho, já que Ricardo Carvalho era o último defesa, mas a recomendação aos árbitros, neste tipo de lance, é de só aplicarem pena de expulsão quando o jogador atacante tem a bola controlada, o que não era o caso.



3 jogos
O total de presenças de Jan Oblak na Liga dos Campeões, todas na época em curso. O ex-guarda-redes do Benfica foi o grande protagonista do dérbi de Madrid, com oito defesas que mantiveram os «colchoneros» na eliminatória. O trabalho mais intenso foi na primeira parte, com cinco intervenções, a primeira das quais, perante Bale, a negar ao galês um golo que parecia feito.



Depois de uma má estreia em setembro (derrota por 3-2 na Grécia, com o Olympiakos) este foi já o segundo jogo consecutivo em que o internacional esloveno foi decisivo para os «colchoneros». Antes, tinha brilhado na vitória por 1-0, e posterior eliminação do Bayer Leverkusen nos penáltis, a 17 de março.

5 portugueses
Enquanto o FC Porto não entra em campo para enfrentar o Bayern de Munique, a representação lusa nestes quartos de final ficou a cargo de Cristiano Ronaldo e dos portugueses do Mónaco, já que no dérbi madrileno Tiago e Pepe não saíram do banco de suplentes. Leonardo Jardim escolheu Ricardo Carvalho e João Moutinho como titulares e lançou Bernardo Silva aos 51 minutos. Moutinho foi o habitual maestro dos monegascos e o ex-benfiquista voltou a brilhar na grande montra, reforçando o cartão de visita que deixara em Londres, diante do Arsenal. Já Ricardo Carvalho, mesmo com exibição segura, acabou por ver o céu cair-lhe em cima da cabeça (ver ponto 1) por força da decisão do checo Pavel Kralovec.



6 corpo a corpo
O avançado croata do At. Madrid, Mario Mandzukic, foi a face mais visível do muito jogo subterrâneo no Vicente Calderón. Em conflito permanente com os defesas do Real, sem fugir ao corpo a corpo, foi vítima de pelo menos duas grandes penalidades não assinaladas, uma cometida por Varane, a outra por Carvajal. A juntar a isto, teve ainda o infortúnio de sofrer uma ferida extensa na cara, após um contacto fortuito com Sergio Ramos. Mas Mandzukic deve ter saído do jogo a pensar que o árbitro sérvio tinha alguma coisa contra ele: além dos dois penáltis em claro, Milorad Mazic só lhe apitou uma falta a favor, e sete contra! Já Sergio Ramos, que como de costume esteve envolvido em vários lances quentes, teve direito ao oposto: uma falta cometida e cinco sofridas.



7 consecutivos
Os jogos que o Real Madrid já soma sem conseguir vencer o Atlético, desde a final da Champions, em maio do ano passado. É, muito simplesmente, a pior série dos «merengues» nos 108 de história do dérbi da capital espanhola. E esse registo poderia ser ainda mais amplo, se nos recordarmos que o jogo de Lisboa só se inclinou para o Real no prolongamento. Nos últimos sete jogos, a equipa «colchonera» ganhou quatro e empatou três, conseguindo não sofrer golos nas quatro ocasiões em que jogou em casa. Na época em curso o saldo de golos é de 12-4 para o At. Madrid.