O Paris Saint-Germain garantiu a passagem aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, ao vencer nesta quarta-feira o Chelsea por 2-1, na segunda mão dos oitavos de final.

Em Stamford Bridge, o Chelsea procurava recuperar da derrota pelo mesmo resultado obtido no jogo da primeira mão, mas de Paris veio uma equipa com a lição muito bem estudada, apesar de nunca ter vencido em Inglaterra.

Depois de uma entrada um tanto ou quanto receosa, o PSG foi ganhando fulgor e não teve grandes dificuldades em chegar à baliza de Courtois. Logo à passagem do primeiro quarto de hora, Rabiot fez o primeiro golo do encontro para os franceses.

Um excelente passe de Di Maria descobriu Ibrahimovic a entrar pelo lado direito da área do Chelsea. O sueco levantou a cabeça e apercebeu-se da chegada do médio, uma das novidades no onze de Laurent Blanc, no segundo poste. Rabiot, na boca da baliza, só teve de encostar para o fundo das redes.

Stamford Bridge gelou. O Chelsea precisava de marcar dois golos para, pelo menos, empatar a eliminatória.

FILME DO JOGO

O balde de água fria parece ter acordado o Chelsea, e de que maneira. Diego Costa, sempre o mais irreverente no ataque londrino, apareceu no jogo e começou a ameaçar a baliza parisiense, onde Trapp estava a ter uma noite relativamente tranquila.

À passagem do minuto 27, o avançado hispano-brasileiro acabaria mesmo por empatar o encontro, finalizando com classe e frieza uma bonita jogada de combinação do ataque londrino. Pedro e Willian desbravaram caminho e, este último, serviu Diego Costa à entrada da área. O avançado simulou o remate, puxou para o pé esquerdo, enganando Thiago Silva, e rematou rasteiro para o empate.

O golo de Diego Costa teve o condão de motivar os jogadores do Chelsea e, até ao apito para o descanso, os blues dominaram por completo o PSG, faltando talvez a eficácia que se pretendia para uma equipa que queria dar uma boa imagem em sua casa.

Conter para conquistar

O regresso dos balneários trouxe um Chelsea novamente melhor, a fazer pressão alta e a tapar os caminhos aos parisienses. Só que foi sol de pouca dura. O PSG apercebeu-se da vontade dos blues em partir para a frente e deu-lhes a iniciativa de jogo.

Quando as pernas dos londrinos começaram a falhar, o conjunto francês deu início à conquista do território, instalando-se por completo no meio-campo dos blues e anulando as investidas adversárias.

O trio do meio-campo servia de muralha e o do ataque causava muitos estragos.

Apesar disso, o Chelsea foi conseguindo, aos poucos, levar a água ao seu moinho e, mesmo já sem Diego Costa, que saiu lesionado aos 60 minutos, esteve perto de fazer o golo que empatava a eliminatória. Valeu Trapp, aos 66, em dose dupla, travando primeiro o remate de Willian e na recarga o de Hazard.

Foi o último fôlego dos londrinos no encontro. Mas, mais uma vez, faltou algo aos blues. À falta de frescura física, notou-se claramente alguma ansiedade, pelo que o PSG voltou a aproveitar e assumiu as rédeas do jogo por completo.

Ibrahimovic, aos 67 minutos, fez o segundo golo dos franceses, culminando uma exibição que, até aí, tinha sido muito bem conseguida, tanto individual como coletivamente.

Thiago Motta fez um passe soberbo para Di Maria. Praticamente liberto de marcação, o argentino correu pela área adentro e serviu o avançado sueco ao segundo poste. Mais uma vez foi só preciso encostar.

Se a coisa já estava complicada para o Chelsea, a partir daí tornou-se praticamente impossível.

Até ao final, o PSG limitou-se a gerir o resultado, trocando muito a bola no seu meio-campo e só saindo pela certa rumo à baliza de Courtois. Até «olés» se ouviram das bancadas do Stamford Bridge, perante uma equipa do Chelsea impávida.

O apito final confirmou o favoritismo dos franceses nesta eliminatória, que terminou com um 4-2. Sem sombra de dúvidas uma equipa de Champions, muito mais forte do que em edições passadas.

O Chelsea caiu em casa e ficou pelo caminho nesta edição da Liga dos Campeões.