Léo Matos, jogador brasileiro do PAOK, acredita que o Benfica será forçado a ter uma postura mais retraída em Salónica, na segunda mão do play-off da Liga dos Campeões.

«Acredito que a postura do Benfica não seja diferente, mas vamos forçar o Benfica a ter uma postura diferente, pois o nosso comportamento será diferente. Fomos a Portugal atacar, tentar vencer o jogo, mas no primeiro tempo sentimos que o Benfica estava bem, com um ritmo forte, e fomos obrigados a defender para não sofrer golos. Desta vez será diferente. Nós é que vamos impor o ritmo e eles vão sofrer um pouco», disse o lateral direito em conferência de imprensa.

Léo Matos defendeu ainda que «não há favoritos desta vez», ao contrário do que sucedeu no duelo da Luz. «Antes do primeiro jogo o Benfica era favorito, por estar habituado a jogar a Liga dos Campeões quase todos os anos. Há muito tempo que o PAOK não participa. Depois do primeiro jogo ficou a clara impressão que não será assim tão fácil para o Benfica. Jogaram um pouco melhor, criaram mais oportunidades, mas aguentámos a pressão do Benfica na primeira parte e a segunda foi bastante equilibrada», recordou.

«Aqui vão sentir-se desconfortáveis, pois é muito difícil jogar aqui, diante dos nossos adeptos, com o estádio cheio. O ambiente não vai ser muito confortável para o Benfica, e vão tentar tirar proveito disso. Acredito que não há favoritos desta vez», resumiu.

Com a eliminatória empatada a um golo, o jogador brasileiro assumiu que o cenário «é um pouco mais favorável» para o PAOK, que passa se não sofrer golos, mas disse também que é o resultado «é um pouco perigoso também», pelo que prometeu que a equipa grega vai jogar para ganhar.

Léo Matos foi o porta-voz de uma «vontade muito grande de passar à fase de grupos da Liga dos Campeões», algo que seria inédito na história do PAOK (ndr. no modelo atual da prova). «É um sonho que se realizará. Poucos jogadores disputaram a Liga dos Campeões. Eu próprio não disputei. Já disputei a Liga Europa algumas vezes, incluindo uma final com o Sevilha [ndr. pelo Dnipro), mas jogar a Champions será a realização de um sonho. Queremos colocar o nosso nome na história do clube», afirmou, antes de deixar uma promessa aos adeptos: «Podem ter a certeza que vamos dar mais do que temos para passar.»

Questionado se o Benfica estava fragilizado no ataque, perante as ausências de Jonas e Castillo, o defesa deixou elogios a uma alternativa que conhece bem.

«Não sentimos o Benfica fragilizado no ataque. Pelo contrário. Defrontei o Ferreyra na Ucrânia, é um jogador de altíssima qualidade. Nunca defrontei o Jonas, mas conheço-o bem, já esteve na seleção brasileira. Faz falta, mas o Benfica tem um bom plantel para compensar essas ausências. Não senti o Benfica fragilizado», considerou.