Raúl Jiménez falou do reencontro com o seu antigo clube, o Atlético de Madrid, numa entrevista à «Marca» em que aborda a adaptação na Luz, publicada na véspera do confronto entre as duas equipas para a Liga dos Campeões.

«Estou feliz na cidade e cada vez melhor na equipa. Tenho-o demonstrado em cada jogo», começou o mexicano, quando questionado sobre a adaptação a Lisboa e ao Benfica.

Será de resto um reencontro para vários jogadores do Benfica que já representaram o At. Madrid: além de Jimenez, também Pizzi ou Sílvio. Mas o avançado mexicano rejeita a ideia de que os jogadores abordem o encontro com a intenção de provar algo: «Acho que temos de jogar bem por nós, pelo bem da equipa. Não penso que tenhamos de demonstrar nada a ninguém. Temos de pensar em ser primeiros do grupo para evitar rivais complicados nos oitavos.

Depois de um ano que não se conseguiu afirmar no Atlético, o avançado de 24 anos rumou ao Benfica e tem conseguido maior regularidade, tendo inclusivamente marcado os dois golos do empate frente ao Astana, que acabariam por abrir caminho para o apuramento do Benfica para os oitavos de final.

«Estou a ter o que procurava. Aqui estão-me a dar uma oportunidade, tenho minutos e estou satisfeito com as minhas atuações», confessou.

Na época passada, ao serviço do Atlético, o avançado fez 1066 minutos, em todas as competições, e esta época, desde agosto, já leva 744, facto que o deixa contente: «Dei conta há pouco de que já estava perto de superar os minutos que fiz na temporada passada. Além disso, já marquei três golos e espero continuar assim.»

Raúl Jiménez confessa que o voto de confiança dado no Benfica foi importante para melhorar: «O voto de confiança que me deram, tanto o treinador como os meus companheiros, também o tive de certa forma no Atlético, mas aqui é maior e agradeço-o muito.»

«Rui Vitória disse-me que tínhamos que ir com calma e assim foi. Ao princípio as coisas iam bem, havia resultados e ele foi-me dando oportunidades pouco a pouco. Agradeço, porque ao princípio tive vários encontros em que não marquei e ele continuou a confiar em mim», observa.

Quando voltou ao Vicente Calderón, para a Liga dos Campeões, Jiménez confessa ter sentido «alegria» porque tinha vontade de saber como era jogar enquanto visitante no estádio do Atlético.

Sobre o reencontro de terça-feira, em que o Benfica só precisa do empate para se qualificar em primeiro do grupo, o avançado mexicano confessa: «Conseguir golos é sempre bom e claro que gostava de marcar. O golo é o mais bonito do futebol e festejaria um contra o Atlético, mas com tranquilidade, porque tenho muito respeito à equipa.»

Jiménez confessou ainda que antes do sorteio da fase de grupos da Liga dos Campeões antecipou que iria ter o Atlético como adversário: «Vi o sorteio no hotel e disse ao meu pai que tinha a sensação de que nos ia calhar o Atlético. Quando saiu pensei que tínhamos uma boa equipa para competir com outra qualquer e sermos primeiros do grupo.»