Rui Vitória considera que são necessários muitos factores para que o Benfica consiga chegar um dia a uma final da Liga dos Campeões, cumprindo assim um desejo reiterado recentemente por Luís Filipe Vieira em entrevista à CMTV.

«Todas as equipas dependem do factor sorte para chegar a uma final. Do sorteio, do momento em que se encontram, dos potenciais adversários, dos candidatos que ficam pelo caminho… Depois depende da capacidade, grandeza do clube e capacidade financeira. O dinheiro não é tudo mas ajuda muito», começou por dizer o técnico do Benfica, explicando que as equipas com maior poder económico podem facilmente resgatar jogador de qualidade a emblemas como o Benfica.

«Enquanto não tivermos esse poder temos de ter uma astúcia muito maior», reconheceu Rui Vitória, garantindo, no entanto, que o trabalho que está a ser realizado é no sentido de criar bases que permitam aumentar a os índices competitivos.

«Num clube como o nosso, o caminho é feito para chegarmos a coisas mais grandiosas do que as que estamos a viver. Mas a estabilidade e continuidade de jogadores têm de existir e a idade dos jogadores também tem de ser diferente. Há um conjunto de coisas que são importantes para se ser campeão europeu e trabalhar com uma visão é fundamental, e isso nós temos. Pode demorar algum tempo, mas temos essa visão.»

Também Andreas Samaris, jogador do Benfica escolhido para falar aos jornalistas, falou sobre as possibilidades do Benfica na prova e do sonho de erguer o troféu em Cardiff, País de Gales. «O nosso objetivo é ganhar jogo a jogo, passar cada eliminatória. Temos ambições e por isso estamos aqui. Todos os jogadores querem conquistar este título, mas também sabemos que é preciso fazer mais para ganhá-lo. Podemos vencer, mas não é obrigatório.»