Jorge Jesus não se tem cansado de salientar a qualidade de jogo do Sporting nos jogos da Liga dos Campeões, mas a verdade é que, apesar das boas exibições frente ao Barcelona e Juventus, os leões só venceram o Oympiakos na primeira jornada. Esta quarta-feira, o treinador pede mais pragmatismo porque no final são os pontos que vão fazer a diferença e não a «nota artística».

«No futebol não há justiça ou injustiça. Ou ganhas ou perdes. As análises que se fazem depois dos jogos são em função da vitória ou da derrota. Muitas vezes uma equipa faz um excelente jogo e perde. Às vezes por um lance acontece isto. O futebol é das poucas modalidades coletivas em que podes massacrar durante 89 minutos e eles irem uma vez à tua baliza e ganharem o jogo. O futebol é isto. A verdade é que as partidas que temos feito na Champions foram de alto nível contra adversários consagrados. Sentimos que podíamos, pelo menos, não ter perdido aqui em casa com o Barcelona», comentou.

O Sporting parte como favorito para este jogo, não só por jogar em casa, mas por já ter vencido este mesmo adversário em Atenas, mas Jorge Jesus considera que o jogo de Atenas não foi tão fácil como pareceu. Os leões estiveram a vencer por 3-0, mas os gregos ainda reduziram para 2-3. «O Sporting é favorito por ter feito um excelente jogo em Atenas. Fizemos um jogou espetacular e conseguimos uma vitória com três golos. Pareceu um jogo fácil, mas não foi e o Olympiakos vai mostrar isso amanhã em Avalade. O Sporting está à frente em termos pontuais, mas em termos de equipa são duas equipas com valor semelhante. Para ganhar ao Olympiakos, o Sporting tem de fazer um grande jogo, como fez em Atenas», destacou.

Há quatro anos, Jorge Jesus foi eliminado pelo Olympiakos quando ainda comandava o Benfica. «Não há vingança no futebol, quem pensa assim não são os intervenientes do jogo. Os treinadores, os jogadores não olham para o jogo como vingança, olham como um desporto apaixonante, um desporto de massas Agora sou eu a falar, um desporto que tem a ver com a criatividade de que um treinador ou de um jogador. No meu caso quero tentar ser melhor do que Olympiakos, mas sem essa ideia de vingança, no futebol não existe», referiu ainda.