O presidente da Associação de Ligas Europeias Futebol Profissional (EPFL), Lars-Christer Olsson, diz ser um escândalo a reforma da Liga dos Campeões e questiona a razão que levou a UEFA a «capitular perante os grandes clubes».

Em causa está a decisão tomada pela UEFA no fim de agosto, que entre 2018 e 2021 Espanha, Inglaterra, Alemanha e Itália vão ter quatro lugares garantidos na Liga dos Campeões, na mais prestigiada e bem remunerada competição de clubes na Europa.

«Foi tudo muito rápido (...). A UEFA curvou-se diante de um pequeno número de clubes, sem ter em conta a necessidade e desejo de outros clubes», referiu Olsson, admitindo uma revolta das Ligas contra o organismo.

O dirigente acrescentou que existe um acordo com a UEFA e que o mesmo poderá ser denunciado caso exista uma remodelação do modelo competitivo das competições europeias, levando a «uma situação em que ninguém ficará a ganhar».

Na quarta-feira, o recém-eleito presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, reafirmou a convicção de que é possível reverter essas alterações no formato da Liga dos Campeões em futebol, que beneficiam as quatro federações mais poderosas da Europa.

«Evidentemente, não é benéfico para as federações de pequena e média dimensão. Há aspetos positivos e negativos. Terei de os analisar e tomar uma decisão. Tudo pode mudar», disse, em Londres, Ceferin, que fez da alteração ao modelo competitivo da Liga dos Campeões uma prioridade do mandato.