Gary Neville assumiu o comando técnico do Valencia no domingo, depois de no início da semana passada Nuno Espírito Santo ter deixado o clube che. 
 
O ex-jogador do Manchester United assistiu ao jogo com o Barcelona na bancada e tem estreia marcada no banco do Valencia para esta quarta-feira, frente ao Lyon. Com base no empate ante o líder da Liga espanhola, Neville disse na antevisão ao jogo da Liga dos Campeões o que pretende.
 
«O jogo de sábado deixou-me encantado. Jogámos contra uma das melhores equipas da Europa. Tivemos organização e espirito para aguentar. Suárez marcou, mas a equipa não baixou os braços. É isso que quero. E quero que o Mestalla seja um sítio terrível para os nossos adversários.»
 
Quanto ao estilo de jogo, o novo técnico deixou claro que «as coisas mudam a cada jogo», por isso diz que «é sempre perigoso dizer que se tem este ou outro estilo»: «Gosto da posse de bola, mas também do contra-ataque», justificou.

Fazendo a antevisão ao jogo com o Lyon, Neville revelou que não está «ansioso» e sublinhou que quer vencer na estreia: «Temos de nos tentar qualificar para os oitavos. Não posso estar aqui para baixar as expetativas. Que sentido faz não ter ambição? Começar com a Champions é um grande começo e temos de ganhar.»

Ainda assim, o Valencia depende do que o Gent fizer com o Zenit.
 
Nuno Espírito Santo era contestado pelas opções, por isso Neville garantiu que «todos os jogadores podem jogar» e que «nenhum será tratado de forma diferenciada».
 
Quanto ao idioma, num plantel com muitas nacionalidades, mas no qual o castelhano prevalece, o novo técnico esclareceu que está a ser ajudado pelo irmão Phil, pelo analista de jogo e por alguns jogadores. «Tenho de aprender as frases-chave. Ainda tenho muito caminho pela frente. Já se sabia que ia ter estas dificuldades, mas o futebol é um idioma em si. Nem tudo tem de ser oral. Por isso, antes dos treinos veremos vídeos.»