Foi mesmo o jogo em que ninguém queria estar e não deu para disfarçar. Suíça e Inglaterra mediram forças no D. Afonso Henriques na luta pelo terceiro lugar, mas o último posto do pódio, a medalha de bronze, não foi suficientemente apelativo para evitar um jogo demasiado pobre entre as duas seleções.

De bola corrida nenhuma das equipas conseguiu marcar e, ironia das ironias, no embate indesejado apenas no desempate através da marcação de grandes penalidades de conseguiu desenrascar um vencedor.

Menos mau no jogo jogado, pelo menos tendo conseguido mais lances de perigo, a Inglaterra foi mais forte nos penáltis e depois de cinco remates imaculados para cada lado o guarda-redes Pickford defendeu o penálti de Drmic e carimbou o terceiro lugar para o conjunto britânico.

AO MINUTO: principais lances do encontro

O embate até começou por prometer. Logo aos três minutos Harry Kane traçou um chapéu quase perfeito, ligeiramente descaído para a direita, obrigando Sommer a fazer uma defesa assombrosa para o travessão.

Arranque espevitado de parte a parte, mas apenas uma falsa promessa. Faltou nervo e fúria aos conjuntos de Petkovic e Southgate, a intensidade passeou-se por níveis baixíssimos e o futebol praticado foi francamente pobre.

Enfim, faltou quase tudo num espetáculo montado com todos os ingredientes mas em que faltou quilo que se revelou essencial: motivação. As tentativas de remate foram feitas sem convicção, quase sempre de fora da área até porque a construção não dava para chegar mais à frente.

Reformulada depois da derrota frente à Holanda, a seleção inglesa desta feita contou com os finalistas da Champions, que ficaram de fora do primeiro jogo, mas nem isso foi sinónimo de maio qualidade. A jogar com a sua equipa base a Suíça esteve sempre organizada, mas pouco acutilante.

DESTAQUES: Sommer num pacto com os ferros

Entre tentativas tímidas de criar perigo, geralmente sem sequência, na segunda metade a seleção dos três leões fez o ferro estremecer novamente. Cruzamento de Rose e na ânsia de fazer a emenda Schar quase marca na própria baliza. Valeu novamente Sommer a manter as suas redes invioláveis.

Castigo que se ia adivinhando, o jogo evoluiu sem golos até ao prolongamento. Pelo meio os festejos ingleses voltaram a ser travados pelo VAR. Callum Wilson abanou com as redes, mas foi assinalada falta no coração da área.

Num prolongamento penoso, ainda assim a Inglaterra conseguiu manter a toada do jogo e entre o marasmo foi mais perigosa atirando a terceira bola do encontro aos ferros (!!!). Sterling tirou as medidas à baliza num livre direto, mas teve precisão a mais e o jogo teve mesmo de se resolver através do desempate através de grandes penalidades.

Pickford susteve o remate de Drumic depois de o próprio guarda-redes ter marcado, o 12.º penálti depois de onzes remates imaculados, e deu o triunfo à Inglaterra. O bronze, que afinal ninguém parecia querer, vai para o país de sua Majestade.