A Liga de Clubes aprovou, esta tarde, na Assembleia-Geral que decorreu na sede do organismo, no Porto, as propostas elaboradas pelo G15 para o futebol português.

O movimento que reúne os clubes da I Liga, à exceção de FC Porto, Benfica e Sporting, viu aprovada a alteração nas limitações de empréstimos, o condicionamento dos sorteios, a melhoria no sistema do videoárbitro - todos os jogos vão passar a ter o mesmo número de câmaras nos estádios – além das sanções a dirigentes e as alterações nas taxas de transmissão televisiva.

Tal como revelou Mário Costa, presidente da AG da Liga, os clubes do mesmo campeonato só poderão emprestar no máximo até seis jogadores e apenas um a cada emblema.

O sorteio dos campeonatos passará a ter apenas a condicionante «geográfica e a nível de segurança». Isto é, Sporting e Benfica, FC Porto e Boavista e Sp. Braga e V. Guimarães nunca poderão jogar em casa na mesma jornada, devido à proximidade entre as localidades que mexe com o recrutamento de forças de segurança.

Quanto ao VAR, todos os jogos passarão a ter o mesmo número de câmaras «independentemente do adversário», confirmou Mário Costa. No que toca às taxas de transmissão televisiva, os clubes da II Liga passam a ficar isentos – o valor em vigor é de 750 euros – e os clubes da Liga, que até agora tinham taxa fixa de 2500 euros, passarão a pagar uma taxa «tendo em conta os rendimentos operacionais que têm».

No âmbito do regulamento disciplinar, os dirigentes que tiverem três suspensões na mesma época «deixam de poder estar presentes nos estádios na condição de visitado ou visitante».

Por aprovar fica, a pedido do Boavista, a alteração no número das camisolas do jogador na mesma época. Isto na sequência da morte de Edu Ferreira, que tinha o número 29 no clube, o mesmo que Leonardo Ruiz veste atualmente na equipa principal dos axadrezados.

As alterações, note-se, passam a surtir efeito a partir da próxima época desportiva.

Questionado sobre o abandono de FC Porto e Sporting da Assembleia, Mário Costa recusou tecer comentários. «Foi uma reunião pacífica porque houve diálogo, como é óbvio nem todos estão de acordo, mas decorreu normalmente. Toda a gente teve oportunidade de falar o tempo e as vezes que quis», referiu o dirigente, que disse não ter «conhecimento» da suspensão de funções da Liga por parte do Sporting.