Que a justiça resolva rapidamente os «casos» do futebol português e que a modalidade se transforme num espectáculo agradável são as esperanças da directora-executiva da Liga Portuguesa de Futebol (LPFP).
Em entrevista à Agência Lusa, Andreia Couto afirmou que «é preciso que terminem as sistemáticas menções a aspectos negativos do futebol» referindo que é necessário que o futebol se torne «credível aos olhos do adeptos». Uma credibilidade que se ganha «dentro das quatro linhas e com um trabalho sério e rigoroso fora delas».
A directora-executiva da Liga, no entanto, não comenta publicamente os casos do futebol português esclarecendo que exerce o cargo «fundamentalmente para trabalhar e sempre para esclarecer sem criar polémicas».
Na entrevista cedida a propósito do dia da mulher, a responsável da LPFP diz que a visão feminina pode ser uma mais-valia para o desporto-rei contrariando «a ideia de que as mulheres não percebem de bola».
Aos 33 anos, Andreia Couto, que assumiu o cargo na LPFP após a tomada de posse do actual presidente, Hermínio Loureiro, é a primeira mulher a deter um cargo de relevo nas instituições do futebol português, tendo chegado à Liga em 2002 como assessora jurídica da Comissão Disciplinar.
A directora-executiva confessa-se apaixonada pela modalidade, principalmente desde que o irmão Fernando Couto, antigo internacional e actualmente ao serviço do Parma, se tornou jogador profissional confessando que sofre como qualquer adepto.
O convite para integrar a lista de Hermínio Loureiro foi encarado como um «desafio, que foi bem ponderado em família».