O Manchester United segue para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, numa prova de eficácia de Javier Chicharito Hernández. O jovem mexicano foi a estrela maior no jogo que assinalou o regresso de Nani à competição. Wes Brown premiou o Marselha com o tento de honra, depois de algumas oportunidades falhadas pelos gauleses. Demasiado tarde (2-1).

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Alex Ferguson saudou o regresso de Nani bem antes do prazo agendado. O treinador esperava o jogador no final do mês, após entrada dura de Carragher (Liverpool) e uma ferida profunda na perna. O português contrariou todos os prazos e saltou directamente para o onze.

O Manchester United vinha de um empate a zero em Marselha, resultado suficiente para assumir o favoritismo na eliminatória. Vidic desfalcou os «red devils», deixando o centro da defesa para Smalling e Wes Brown.

Lucho González, antigo médio do F.C. Porto, apresentou-se como o motor de um Marselha ambicioso e ciente da dificuldade inerente à tarefa.

Chicharito caiu do céu

No regresso da estrela Nani, seria outro jovem a cair do céu. Javier Chicharito Hernandez surgiu na frente de ataque, a par de Wayne Rooney, e aproveitou uma assistência do internacional inglês para inaugurar a contagem ao sexto minuto de jogo.

Em Old Trafford, adivinhou-se eliminatória fácil. Contudo, um golo de Marselha atiraria os franceses directamente para uma posição de vantagem. Perante casa cheia, os jogadores do Manchester United avançaram em busca do 2-0 mas perderam rapidamente essa postura ofensiva.

Aos poucos, a formação gaulesa começou a lançar ameaças para a baliza de Edwin Van der Saar. Gignac falhou o empate em bela posição, após brilhante assistência de calcanhar de André Awey. O jovem extremo, familiar do avançado que passou por Sporting, esteve em bom plano.

Defesa britânica a quebrar

Ao minuto 36, na sequência de um pontapé-de-canto, Diawara também ficou a centímetros do golo. A defesa do Manchester United não transmitia uma sensação de segurança. Os problemas físicos contribuíram para os receios dos adeptos.

Pouco depois do ensaio falhado de Diawara, Alex Ferguson foi obrigado a mexer. John OShea saiu por lesão, cedendo o seu lugar a Rafael da Silva. O jovem lateral brasileiro acabaria por ser substituído pelo seu irmão, Fábio, igualmente por limitações físicas (69m).

O treinador escocês ficou sem espaço de manobra. OShea e Rafael saíram por lesão, Nani abandonou o terreno de jogo por compreensível falta de ritmo, ao minuto 62. Valencia entrou. Nessa altura, já o Marselha aumentava a pressão sobre o sector recuado dos locais.

Didier Deschamps evitou riscos desnecessários, preferindo refrescar o ataque em vez de quebrar o jogo. Valbuena substituiu o giganta Gignac, a velocidade ocupou o lugar da altura. O Man. United limitava-se a contra-atacar, esperando por novo golo de Chicharito, vendo-se um Rooney demasiadamente altruísta.

Marselha acreditou demasiado tarde

O Marselha falhou, os «red devils» aproveitaram. Ao minuto 75, Valencia trabalhou bem e lançou o eterno Giggs. Este, com um pé direito que não é cego, cruzou rasteiro para mais uma conclusão fácil de Javier Hernández. Era a noite de Chicharito.

O 2-0 apresentava-se como o final precoce da eliminatória, mas Wes Brown ainda cabeceou para o fundo da própria baliza, na sequência de um canto, a sete minutos do final. Os últimos minutos foram de ansiedade. Sem novas alterações no marcador.

FICHA DE JOGO