A FIGURA

Cervi: o extremo argentino teria de ser sempre destaque pelo golo decisivo, mas não só. Jogou no lado esquerdo do ataque, mas nunca se limitou no seu raio de ação, principalmente na primeira parte. Com um Benfica demasiado preso nos movimentos ofensivos, o esquerdino foi tentando acrescentar algum jogo interior à equipa de Rui Vitória, além de ter também feito algumas combinações com Grimaldo. Como já foi referido, foi decisivo ao marcar o único tento da partida, com um remate cruzado já dentro da área.

O MOMENTO

Vantagem ao ritmo do tango argentino: o Benfica tinha entrado melhor na segunda parte, mas mesmo assim as dificuldades em criar perigo na baliza de Demirel mantinham-se. Até que ao minuto 69’, Salvio teve espaço na direita, e de argentino para argentino, cruzou para Cervi, que não hesitou em rematar cruzado e para o fundo da baliza turca. Vantagem portuguesa para a segunda mão na Turquia, construída ao ritmo do tango argentino.

OUTROS DESTAQUES

Gedson: em estreia como titular em jogos oficiais pela equipa principal do Benfica, e logo no Estádio da Luz, o jovem da formação encarnada não se deixou intimidar pela importância da partida e surgiu em bom plano. Muito ativo no meio-campo, somou alguns pormenores interessantes – a bola para os pés de Cervi, aos 22m, foi um momento delicioso – e mostrou-se sempre muito intenso na luta pelo meio-campo, com e sem bola.

FICHA E FILME DO JOGO.

Grimaldo: tal como nos jogos da pré-época, Grimaldo voltou a apresentar-se a um bom nível e fisicamente parece estar numa forma exemplar. Não teve muito trabalho defensivo, é certo, mas no ataque nunca se poupou a esforços para apoiar Cervi e companhia. Com o colega argentino, de resto, mostrou o já habitual bom entendimento, e somou também vários passes e arrancadas de qualidade.

Skrtel: já com 33 anos, o defesa-central eslovaco mostrou ser um poço de experiência. Foi o elemento mais destacado da sua equipa, demonstrando sempre muita concentração e acerto nas ações. Sofreu mais um bocado na segunda parte com a entrada de Castillo, um jogador com maior poder físico, mas ainda assim não foi por ele que o conjunto turco não sorriu esta noite.

Demirel: esteve ligado ao melhor e ao pior. Fez algumas defesas de qualidade, principalmente na segunda parte – destaque para a estirada a um remate fortíssimo de Salvio – mas não fica isento de culpas no golo de Cervi, já que parece que podia ter feito mais. Demonstrou ainda uma faceta menos positiva com o anti-jogo que fez desde praticamente o início da partida.