O treinador do Bayern Munique não quer saber nem de política, nem de dinheiro. Pelo menos agora, antes da final da Liga dos Campeões. Hans-Dieter Flick só aceita falar sobre futebol e sobre a valia do adversário, o PSG, no relvado. Os petrodólares e o investimento chegado do Qatar passam-lhe ao lado. 

«Vamos defrontar o Qatar, um país? Não, não, jogaremos contra o PSG. É uma das melhores equipas do mundo, com um bom treinador e uma excelente filosofia. É só isso», revelou o técnico do Bayern de Munique, em conferência de imprensa de antevisão à final do Estádio da Luz

Flick esteve na célebre final de 1987, contra o FC Porto, e sabe bem o que é preciso para dar uma boa resposta em campo. «Manter as nossas ideias. Esse é o segredo. Pressionar muito alto. É essa a nossa filosofia. Não haverá mudanças nesse sentido», assegura Flick. 

«A nossa marca registada é essa: jogar com uma linha de quatro defesas muito subida. É verdade que há muito espaço nas costas, mas se fizermos a pressão como nós gostamos, podemos controlar isso. O PSG joga de forma muito direta, quer acabar os ataques com rapidez e temos de fechar muito bem as linhas de passe. Não podemos permitir que o PSG explore a velocidade dos avançados.»

Hans-Dieter Flick ainda não sabe se terá Boateng para a final. Se o internacional alemão não recuperar, há duas alternativas fortes para o seu lugar: Pavard e Sule. 

«Estou muito contente por ter o Pavard cá em Portugal. Fez um esforço imenso para recuperar. Ele sabe que confio muito nele. Sabe muito bem o que fazer na sua posição. Jogar de início? Isso é diferente, não sei se ele estará ainda a 100 por cento.»

Flick aproveitou para elogiar a defesa do PSG - «Thiago Silva e Marquinhos são dos melhores do mundo» - e referiu que o Bayern terá de estar «muito inspirado» se quiser fazer golos. «Eles só sofreram cinco em toda a Liga dos Campeões.»

O PSG-Bayern realiza-se às 20 horas, no domingo. O Maisfutebol seguirá tudo AO MINUTO a partir da bancada de imprensa do Estádio da Luz.