FIGURA: Rafa

Grande jogo do extremo do Benfica, autor do golo que abriu a vitória, mas muito mais do que isso. Na primeira parte, combinou sempre bem com Diogo Gonçalves e teve sempre muito espaço entre o lateral Ayrton e o central Dzhikiya, sobre quem assinou um grande momento que quase deu um golo de trivela. Decisivo, a mostrar todo o seu talento, num jogo de feição para começar a época de forma oficial.

MOMENTO: simplicidade e eficácia em pouco espaço (51m)

O triunfo do Benfica em Moscovo começou a ser construído com o golo de Rafa aos 51 minutos, num lance de processos simples e eficazes em pouco espaço. Após um passe de Pizzi para Rafa aparecer na direita da área, o extremo combinou em pouco espaço com João Mário e rematou para bater Maksimenko. Um lance bem trabalhado que abriu as contas.

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OUTROS DESTAQUES:

Lucas Veríssimo: foi com tudo nos duelos aéreos perante os dianteiros do Spartak e, lá à frente, também contribuiu com o triunfo, ao aproveitar o imenso espaço dado no centro pelos russos, para assistir Gilberto para o 0-2 no marcador.

Diogo Gonçalves: foi talvez a grande surpresa no onze inicial do Benfica depois da recuperação na pré-época e esteve bem, sobretudo com muita vontade no capítulo ofensivo, a combinar bastante bem com Rafa. Isso foi notório principalmente na primeira parte.

Vlachodimos: teve menos trabalho do que Maksimenko, mas quando foi chamado a intervir, foi responsável e eficaz. De salientar uma defesa difícil a um remate de Umyarov, aos 25 minutos.

Gilberto: ao 37.º jogo pelo Benfica, o primeiro de 2021/2022, a estreia a marcar para um golo que encaminhou – e de que forma – o possível apuramento dos encarnados para o play-off da Liga dos Campeões. Aproveitou bem o espaço concedido pelos russos e bateu Maksimenko com um forte remate aos 74 minutos, nove depois de ter entrado.

Ayrton: teve muita vontade pelo corredor esquerdo do Spartak e levou algum perigo à área do Benfica, sobretudo na primeira parte. Contudo, a propensão ofensiva do brasileiro não chegou.

Weigl e João Mário: destaque em parelha pelo equilíbrio que colocaram no meio-campo do Benfica. O alemão guião a ligação da equipa de trás para a frente e João Mário sobressaiu nomeadamente no segundo tempo, com mais confiança e a assistência para o golo de Rafa.

Bakaev: talento no pé esquerdo, exibido nomeadamente na primeira parte, mas insuficiente para a equipa russa, que foi inferior aos encarnados.