O dérbi entre Levante e Valência correspondeu ao que, no fundo, se espera de um dérbi.

Foi um partidazo.

Sete golos, mudanças repentinas de ascendente e grandes momentos de futebol nos quais sobressaiu um português mais do que todos os outros. Gonçalo Guedes: dois golos e uma assistência num jogo no qual a equipa che esteve a perder por 2-0 e parecia a caminho de uma derrota constrangedora na curta ida ao lar do último classificado da Liga espanhola.

O ex-portista Campaña inaugurou o marcador para o Levante aos 21 minutos na recarga a um penálti que o próprio não conseguiu converter e Roger Martí assinou o 2-0 quando os visitantes ainda procuravam pôr-se de pé.

Em cima do intervalo, Guedes pegou na bola, combinou com um colega e arrancou pelo centro do terreno até desferir, na fronteira da grande-área, um remate forte e colocado de pé esquerdo aos 84 minutos.

No regresso dos balneários, o Levante ficou a centímetros do terceiro com uma bola na barra da baliza de Cillessen. Bastava que ela tivesse ido para fora para que o que se viu a seguir não sucedesse. Na jogada seguinte, Ruben Vezo fez penálti no reencontro com a ex-equipa e Carlos Soler não tremeu da marca dos 11 metros e empatou o dérbi ao minuto 50.

Aos 72 minutos, Guedes voltou a desequilibrar e serviu de bandeja Soler para a reviravolta che.

Com o Levante à procura do empate, o Valência aproveitou os desequilíbrios defensivos alheios e Guedes pintou o quadro da noite. Na área contrária, sentou o guarda-redes e um defesa com uma finta e fez com classe o 4-2.

Já em tempo de compensação, Bardhi ainda reduziu para a diferença mínima, mas o Levante não conseguiu melhor do que perder o segundo jogo seguido na Liga espanhola por 4-3.

Com este resultado, o Valência chega aos 28 pontos, aproxima-se dos lugares europeus e vai numa sequência de cinco jogos a ganhar, três deles para o campeonato.

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