(notícia atualizada)

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O At. Madrid sucedeu ao F.C. Porto, reconquistando a Liga Europa, que obtivera em 2010, graças à vitória sobre o At. Bilbao (3-0), nesta quarta-feira, em Bucareste. Tal como há um ano, foi um colombiano a tornar-se o protagonista da decisão.

Falcao, com dois golaços, voltou a deixar a Europa a seus pés, e transformou a final num passeio para os «colchoneros», que na segunda parte geriraram as operações e acabaram por matar o jogo num contra-ataque concluído por outro ex-portista, o brasileiro Diego.

Num confronto de estilos, simbolizado pelo duelo argentino entre os dois treinadores, Diego Simeone e Marcelo Bielsa, o At. Madrid esteve mais confortável desde o apito inicial de Wolfgang Stark, e assumiu o controlo, graças a uma pressão intensa em todo o campo, que sabotou a circulação de bola do At. Madrid.

A equipa colchonera marcou no primeiro lampejo de talento individual que foi possível ver a Falcao: na quina da grande área, sobre o lado direito, o colombiano trabalhou sobre Aurtenetxe e Amorebieta, e arrancou um tiro imparável de pé esquerdo, em arco, sem hipóteses para Iraizoz.

O golo, que valia a Falcao o título de melhor marcador da Liga Europa, pelo segundo ano consecutivo, obrigou o At. Bilbao a correr mais riscos, mas a subida no terreno nãose traduzia em reais situações de perigo, já que o duplo pivot defensivo do At. Madrid (Mario Suarez e Gabi) estancava a circulação de bola e deixava Llorente abandonado a duelos estéreis com os centrais.

Aos 34 minutos, segundo momento brilhante de Falcao, segundo golo para o At. Madrid, após cruzamento de Arda Turan na esquerda. O colombiano somava o seu terceiro remate vitorioso em duas finais da Liga Europa e, mais impressionante ainda, somava o 29º golo em outros tantas presenças na Liga Europa.

A segunda parte obrigava o At. Bilbao a mudanças drásticas, e Bielsa respondeu com uma dupla substituição, que deixou qa sua equipa ainda mais ofensiva. Em contrapartida, os espaços para os contra-ataques aumentavam. Com o At. Madrid confortavelmente instalado na sua área, os lances de perigo repartiam-se nas duas áreas, mas o At. Bilbao nunca deu a sensação de poder inverter os acontecimentos.

Já depois de Falcao ter visto o poste negar-lhe o hat-trick, acabou por ser o brasileiro Diego a marcar o terceiro da noite, fechando a contagem e vincando a supremacia colchonera, numa noite em que quase nada saiu bem à equipa de Bilbau.

No final, os jogadores do At. Madrid fizeram guarda de honra aos seus adversários da final, e festejaram merecidamente no centro do relvado, com os três portugueses desta equipa (Tiago, Pizzi e Sílvio, não utilizados nesta final, por motivos diferentes) a juntarem-se aos festejos.

No National Arena, de Bucareste, com a arbitragem do alemão Wolfgang Stark, as equipas alinharam assim:

AT. MADRID: Courtois; Juanfran, Godin, Miranda e Filipe Luis; Mario Suarez e Gabi; Adrián (Salvio, 88 m), Diego (Koke, 89) e Arda Turan (Alvaro Dominguez, 90); Falcao.

AT. BILBAO: Iraizoz; Iraola, Javi Martinez, Amorebieta, Aurtenetxe (Ibai Gomez, 46 m); Herrera, Iturraspe (Iñigo Perez, 46 m) e De Marcos (Toquero, 63 m); Susaeta, Llorente e Muniain.

Marcadores: Falcao, 7 e 34; Diego, 85 m.