O Benfica despediu-se em beleza da fase de grupos da Liga Europa, ao vencer o AEK de Atenas (2-1). Com o apuramento já garantido, a prioridade era gerir os recursos e fazer alguns testes, mas ainda assim as «águias» conseguiram somar mais um triunfo na prova europeia .
Di María apontou os dois golos, um dos quais de «letra», e foi a figura da partida, embora continue entre o oito e o oitenta.
Jorge Jesus surpreendeu duplamente, no «onze» que formou para este encontro. Já se esperavam muitas novidades, é certo, mas poucos esperavam que Fábio Coentrão fosse titular, uma vez que nem sequer estava convocado. Inesperada foi também a colocação de Felipe Menezes sobre a direita, porventura para testar uma alternativa a Ramires e Rúben Amorim, que estão lesionados.
Mesmo com um «onze» completamente renovado, o Benfica apresentou uma boa dinâmica de jogo. A intensidade da partida estava longe de ser estonteante, mas a boa circulação de bola abria caminho a situações de perigo. A equipa portuguesa até podia ter inaugurado o marcador logo aos 15 minutos, na sequência de uma grande penalidade cometida sobre Nuno Gomes, mas Felipe Menezes atirou ao poste.
O AEK, que também poupou vários titulares, respondeu por intermédio do seu capitão, Kafes, que atirou duas vezes por cima (19 e 23). Bem mais perigoso foi um remate de Blanco, já no interior da área, que obrigou Júlio César a defesa apertada (28m).
Di María lançou a magia e também os deslizes
Mesmo com Coentrão endiabrado, o Benfica parecia perder algum fulgor, neste período. Ainda assim, as «águias» conseguiriam ir para o intervalo em vantagem, graças a um remate traiçoeiro de Di María, que iludiu Saja.
Sempre de olhos postos no Clássico, Jorge Jesus fez entrar César Peixoto ao intervalo. O número 25 pode voltar ao meio-campo frente ao F.C. Porto, uma vez que Coentrão e Di María estão castigados. O argentino foi mesmo o único dos habituais titulares que jogou de início, e justificou esse estatuto. Aos 74 minutos bisou, com um magnífico golo de letra. Isto já depois de ter acertado na trave, depois de um chapéu ao guarda-redes (55m).
Com dois golos de vantagem, o Benfica permitiu que o AEK chegasse ao tento de honra. Blanco marcou a seis minutos do fim, já depois de Hersi ter atirado ao poste (77m). Di María esteve, mais uma vez, no melhor e no pior, já que foi ele que perdeu a bola, no lance do golo grego.
Em todo o caso o argentino foi mesmo o protagonista de um jogo que tinha pouco para discutir, mas que até foi interessante. O Benfica alcançou uma vitória justa, e volta à Europa em 2010.