Vukcevic

Com Vuk é outra coisa. O montenegrino está num bom momento de forma e está a render como nunca sobre o flanco direito permitindo à equipa esconder muitas das suas debilidades no campo ofensivo. Um jogador de garra que usa todo o corpo na luta pela bola, rompe, fura, improvisa espaços e provoca desequilíbrios. Esta noite começou por mostrar-se com um pontapé em arco cruzado que quase enganou Petkov. Lutou que nem um leão no flanco direito, combinado bem com João Pereira e cruzou na perfeição para o segundo golo, assinado por Maniche. Voltou a estar em evidência na segunda parte e ofereceu novo golo de bandeja que Salomão não aproveitou para bisar. Deixou o relvado ao som de aplausos e com o seu nome a ecoar nas bancadas.

Confirme a FICHA DO JOGO e as notas dos jogadores

Salomão

Conquistou um lugar na equipa com mérito dando vida nova à ala esquerda, valorizando ainda as subidas de Evaldo. Nota-se que em alguns aspectos que está ainda «verdinho», falta-lhe corpo para defender a bola, falta-lhe experiência para medir os tempos de passe e desmarcação, mas a verdade é que o Sporting já não parece uma equipa coxa e está habilitado a lutar nos dois flancos. Esta noite teve uma exibição em crescendo e acabou por coroar a sua exibição com o primeiro golo no Sporting. Esteve muito perto de voltar a marcar, servido por Vuk, mas atirou à figura. O Sporting tem uma nova «coqueluche».

Postiga

Com Liedson no banco, Postiga quis mostrar desde cedo que merecia a oportunidade que lhe foi concedida por Paulo Sérgio e, só nos primeiros nove minutos, somou três remates e, até ao intervalo, já contava cinco. Por duas vezes apareceu na cara de Petkov e acertou-lhe em cheio, uma delas mesmo na cara, juntando mais três cabeçadas sem a melhor direcção. Carriço e Maniche mostraram-lhe como se faz e Postiga lá acertou nas redes, com o melhor golo da noite: uma «bomba» a trinta metros de distância que fez levantar o estádio. Um golo que deixou o avançado eufórico e nos minutos seguintes quase que voltou a marcar, acertando em cheio no poste antes de ser rendido por Saleiro.

Polga

Entrou em campo claramente motivado, falou com os companheiros, delineou estratégias, mas quase deitou tudo a perder no primeiro lance do jogo quando procurava afastar uma bola e acertou-lhe apenas nas orelhas, deixando Dembélé destacado diante de Patrício. Um calafrio que parece que lhe fez bem. A partir daí assumiu a marcação ao possante avançado francês, jogando quase sempre em antecipação, com um jogo inteligente e eficaz e apagou por completo a ameaça que Dembélé. Este Polga é, sem dúvida, o melhor parceiro para Carriço.

Petkov

Um verdadeiro passador. Teve culpas nos três primeiros golos. O primeiro, num pontapé de canto, deixou a bola passar por entre as luvas junto ao primeiro poste. No segundo, voltou a deixar passar a bola entre as mãos para a cabeça de Maniche. No terceiro, a tal «bomba» de Postiga, ficou a ideia que podia ter feito melhor.